Life is strange, and completely unpredictable things can happen and turn your world upside down. I learned this very early, and because of that, I have a realistic perspective on life, always considering that something bad could happen.
I was 13 when my cousin passed away at the age of 27. She was gone less than a month after deciding to move in with her fiancé and only two weeks after my parents adopted my brother. It was definitely something no one expected, but maybe it could have been avoided—if you believe that God or fate gives people that kind of chance.
My cousin had lived with me and my parents for a few years before moving in with her fiancé. She was like a younger sister to my mother and an older sister to me. She would stay with me while my parents were at work and had spent that time living with us because her family lived in a remote countryside town with few opportunities for education and employment. So, as a teenager, she moved to the city, first living with my grandmother and later with us.
Since adolescence, she suffered from migraines at least once a month—intense headaches that took a long time to subside. However, she never sought treatment or specialized help. It was just something she dealt with. Until one day, that “migraine” caused her death.
It happened a long time ago, but I realize that talking about it still makes me sad. As I write this, I try to remember when I first heard that she had a severe headache and was in the hospital. The hospital was close to my house. I remember visiting her and seeing her almost motionless in bed. Two days later, she was transferred to a larger, specialized hospital because she had suddenly slipped into a coma. When they performed a CT scan, they discovered she had hydrocephalus.
If you’ve heard of this condition, you might be surprised right now. Back then, everyone was. If you haven’t, let me explain briefly: Hydrocephalus is a condition characterized by an excessive buildup of cerebrospinal fluid (CSF) in the brain, increasing intracranial pressure. This can occur due to excessive production, obstruction of flow, or reduced absorption of CSF. Symptoms vary by age and may include an abnormally large head in infants, headaches, nausea, and cognitive or motor difficulties. Treatment usually involves inserting a shunt to drain the fluid. My cousin was 27 years old, and she didn’t have an abnormally large head, which is the most well-known characteristic of this condition. But that was her diagnosis. A week after slipping into a coma, her brain shut down.
As a teenager, still struggling with this trauma, I once argued with my mother and asked why they had never taken my cousin to a doctor to investigate those headaches thoroughly. The answer? They thought it was nothing serious—after all, everyone gets headaches, and it’s a common thing. But the truth is, if she had done a check-up at some point to examine the issue, she might have survived. That’s why I believe it’s important to check on our health every year and encourage our loved ones to take care of themselves, to see a doctor, and to truly know how they’re doing. Sometimes, what seems like an ordinary pain is actually something that could take your life—or the life of someone you love. It’s a harsh truth I learned too soon and in the worst possible way.
Because of this personal experience, I see no downside to people being required to have an annual check-up—as long as these exams could be government-funded or offered at a reduced cost so that no one would suffer financially. I believe it would be a valuable initiative that could help save thousands of lives.
Image: Leonard AI
Portuguese
A vida é estranha e coisas completamente imprevisíveis podem acontecer e virar sua vida de cabeça pra baixo. Aprendi sobre isso muito cedo, e por causa disso, tenho uma perspectiva realista das coisas, sempre considerando que algo ruim pode acontecer.
Eu tinha 13 anos quando minha prima morreu aos 27 anos de idade. Ela foi embora em menos de um mês que tinha decidido ir morar com seu noivo e apenas duas semanas depois que meus pais adotaram meu irmão. Definitivamente foi algo que ninguém esperava, mas era algo que talvez pudesse ter sido evitado, se você acredita que Deus ou o destino dar esse tipo de chance a alguém.
Minha prima morava comigo e meus pais há alguns anos antes dela ir morar com o noivo. Ela era como uma irmã mais nova para minha mãe, e como uma irmã mais velha para mim. Ela ficava comigo enquanto meus pais trabalhavam, e passou esse tempo morando com a gente porque sua família vivia num interior distante, sem muita oportunidade de estudo e emprego, então veio para a cidade na adolescência, morou com minha avó e depois conosco.
Desde a adolescência, ela sofria com enxaquecas que apareciam pelo menos uma vez por mês. Eram dores de cabeça fortíssimas, que demoraram a passar. Porém, ela nunca fez nenhum tratamento, ou buscou uma ajuda especializada para isso. Era apenas algo que ela lidava. Até que um dia, essa ‘’enxaqueca’’ causou sua morte.
Aconteceu há muito tempo já, mas percebi que falar sobre isso ainda me deixa triste. Enquanto escrevo, tento me lembrar quando soube que ela tinha tido uma dor de cabeça muito forte e estava no hospital. O hospital era perto da minha casa, lembro de visitá-la, e vê-la quase imovel na cama. Dois dias depois ela foi transferida para um hospital maior, especializado, porque ela simplesmente entrou em coma. Quando fizeram uma tomografia, descobriram que ela tinha hidrocefalia.
Se você já ouviu falar nessa doença, deve estar surpreso agora. Na época, todos também ficaram. Se você nunca ouviu falar, deixe-me explicar superficialmente: A hidrocefalia é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no cérebro, causando aumento da pressão intracraniana. Isso pode ocorrer devido à produção excessiva, obstrução do fluxo ou redução na reabsorção do LCR. Os sintomas variam conforme a idade e incluem aumento anormal da cabeça em bebês, dores de cabeça, náuseas, dificuldades cognitivas e motoras. O tratamento geralmente envolve a inserção de uma derivação (shunt) para drenar o líquido. Minha prima tinha 27 anos, e não tinha uma cabeça de tamanho anormal, que é a principal característica dessa doença. Mas, esse foi o diagnóstico. Uma semana depois de entrar em coma, o cérebro dela parou.
Na adolescência, enquanto ainda lidava com esse trauma, numa das brigas com minha mãe questionei porque nunca tinham levado minha prima ao médico para investigar a fundo essas dores de cabeça. A resposta? Achavam que não era nada demais, afinal, dores de cabeça todo mundo tem, é algo comum. Mas, a verdade, é que se talvez ela tivesse feito um check up em algum momento para verificar esse problema, ela poderia ter sobrevivido. Por isso, acredito que é importante todo ano saber como estamos, e tentar influenciar as pessoas que amamos a se cuidarem, a ir ao médico, saber como estão de fato. Às vezes, o que parece ser uma dor comum, é algo que pode tirar sua vida ou daqueles que você ama. É uma dura verdade que eu aprendi cedo demais e da pior forma possível.
Por causa dessa experiência pessoal, eu não vejo ponto negativo sobre as pessoas serem obrigadas a fazer um check up todo ano. Desde que esses exames pudessem ser financiados pelo governo, ou terem uma taxa menor, pra que as pessoas não se prejudicasse financeiramente pra isso. Penso que seria uma iniciativa valida, que ajudaria milhares de pessoas a sobreviver.
Obrigado por promover a comunidade Hive-BR em suas postagens.
Vamos seguir fortalecendo a Hive
Bzzz! Ai, que tristeza! Aprendi há muito tempo que a vida é cheia de imprevistas e que cuidar da própria saúde é fundamental. Seu post me fez lembrar da importância de não subestimar os sintomas e de buscar ajuda especializada sempre que possível. Esse é um lembrete poderoso para todos nós.
#hivebr
AI generated content
Commands: !pixbee stop | !pixbee start | !pixbee price
So sorry about your loss. It so painful and sad. But there is no nightmare worse that being diagnosed of a of an illness and not having the financial support for treatment. Checkups is good and If there should be mandatory checkups then there should be some aid that comes alongside especially for those with severe conditions
This is a harsh truth but many people take things lightly and not serious until it becomes something one cannot handle, then they start to regret not taking actions at the right time. Going for checkups regularly or even once in a year is good to avoid damages that may be too late to rectify. I feel for your cousin, perhaps things could have been controlled if they'd taken her sickness serious then. May her soul keep resting in peace.
Realmente é algo que faz a diferença entre a vida e a morte das pessoas, o cuidado ajuda demais as pessoas a prever situações que poderiam ocorrer no futuro, reduzindo assim os danos que podem ser causados,
!BBH
!PIZZA
$PIZZA slices delivered:
(2/15) @kaibagt tipped @aiuna
Sinto muito por sua perda. Às vezes, quando a gente perde um ente querido, percebemos o quão somos frágeis nesse mundo. De fato não devemos deixar de lado quando sentimos um sintoma anormal e precisamos ir ao médico para tratar disso.