Na primeira semana de Setembro de 2017, um grupo denominado "Bitcoin Banco'' anuncia em seu site a aquisição de uma Exchange brasileira chamada NegocieCoins.
Nesse período a mesma representava em média cerca de 1,5% do volume do mercado brasileiro, segundo relatório divulgado pelo Bitvalor, o que não seria nenhuma vergonha, visto que na época existiam em média seis corretoras operando em um mercado que até hoje está sendo construído e prestavam um bom serviço para a comunidade, sendo liderados pelo Rodrigo Lullez.
Foi a partir desse movimento que as coisas começaram a ficar estranhas. Logo no primeiro mês a NegocieCoins, já sendo operada pelo grupo Bitcoin Banco, passou de 1,3% de market share em Setembro, para 12,3% em Outubro. Valor expressivo, considerando que foram negociados cerca de 8.3 bilhões de reais no Brasil em 2017.
Quando a comunidade começou a questionar o aumento significativo no volume diário que a empresa passou a ter, a situação começou a ficar feia. O Bitvalor, principal e respeitado indicador do mercado de Bitcoin no Brasil, que fornecia dados atualizados 24 horas por dia de trade, volume, variação, entre outros e um relatório mensal, decidiu retirar a corretora NegocieCoins de sua ferramenta, após uma série de pesquisas. Após esse feito, a empresa recebeu uma notificação da corretora, e provavelmente foi um dos motivos de terem parado com o serviço que prestavam para o mercado.
Não parou por aí, a NegocieCoins continuou com os processos a quem se referia publicamente a sua empresa, não se importando até mesmo se tratando de um cliente da mesma. Em certa situação, um cliente recebeu 500 reais para se desculpar publicamente, outro já não teve a mesma sorte e o caso acabou parando na justiça.
Um post feito na maior comunidade brasileira de bitcoin no Brasil do Facebook, mostra um dos exemplos das centenas de reclamações que eram feitas a Exchange. E isso tudo está sendo feito para proteger o usuário e cliente que possivelmente teria problema relacionado a liquidez. Um dos maiores questionamentos é o fato da corretora ter o maior volume negociado mas com poucas ordens executadas, tendo um ticket
médio de trade superior a 10 mil reais por ordem, e abrindo o livro de ofertas a liquidez é absurdamente baixa nos dois lados.
Talvez essas reclamações levaram o grupo Bitcoin Banco a fechar um contrato de auditoria com os auditores da Müller & Prei, única noticia achada, não encontramos se a auditoria foi realizada.
Além de atualizarem a plataforma da NegocieCoins e na parte do livro de ofertas mostrar o nome do cliente que está com a ordem aberta através de uma fabricante de carros, isso seria para dar uma transparência aos trades efetuados na plataforma, porém de nada adiantou, pois eles não mostram esses mesmos nomes nas ordens executadas, não sendo possível verificar quem executou quem.
O mesmo grupo anunciou em Junho de 2018 a compra de 40% da Exchange Zater Capital, questionando várias pessoas nenhuma teve conhecimento da mesma, o valor da compra não foi divulgado, porém o grupo afirmou ter investido 20 milhões na mesma, valor absurdamente alto para o mercado no Brasil, procedimento realizado em apenas 60 dias.
Fora outro serviço polêmico que a empresa chegou a anunciar junto com a abertura de uma agência em Curitiba, oferecer 1% ao mês de rentabilidade sobre o Bitcoin do cliente.
Se tudo alegado for verídico, qual o real interesse da NegocieCoins em maquiar o seu volume? Segundo o indicador icoinomia.com.br, criado pelo próprio grupo, mostra que a empresa tem 53% do market share no Brasil.
Esse texto foi feito para alertar o usuário que deseja entrar ou que já entrou no mercado cripto. Foram usados fatos divulgados por clientes e membros da comunidade e caso as empresas citadas tiverem interesse em justificar o que lhe foi dito, terá um espaço para sua resposta.