A J-Coin funcionaria da mesma forma que o Bitcoin, mas teria uma relação de troca de 1 para 1 em relação ao iene, a moeda do Japão
Felipe Moreno
Felipe Moreno é editor-chefe do StartSe e fundador da startup Middi, era editor no InfoMoney antes
27 de setembro de 2017
Os bancos japoneses podem criar uma moeda digital própria, chamada de J-Coin, com a intenção de acabar com o uso de dinheiro vivo no país até 2020, ano em que os Jogos Olímpicos serão sediados em Tóquio. Esse plano tem a aprovação do Banco Central japonês, interessado em digitalizar as transações japonesas.
A J-Coin funcionaria da mesma forma que o Bitcoin, mas teria uma relação de troca de 1 para 1 em relação ao iene, a moeda do Japão. O país já é o maior mercado para Bitcoins no mundo – principalmente depois das recentes turbulências na China -, correspondendo a 50,75% do market share global da moeda.
O criador da moeda é o misterioso Satoshi Nakamoto, nome japonês. Mesmo assim, o Japão é uma sociedade que usa MUITO dinheiro: 70% de todas as transações são feitas em moeda corrente, o que é muito acima do patamar da maioria das economias desenvolvidas.
A nova moeda, porém, ainda não tem a sua infraestrutura disponibilizada. O Banco Central japonês entende e acredita no conceito do Blockchain, mas ainda não acha que ela está “madura” o suficiente para lidar com todas as transações da (gigante) economia japonesa.
A tecnologia de criptomoedas, porém, começa a se mostrar é o futuro da economia mundial. O Japão não é o primeiro país interessado a montar sua própria moeda – a Estônia também já demonstrou essa vontade. Vamos falar de tudo que está acontecendo no Bitcoin Conference, um evento com os melhores especialistas.