Falta pouco mais para mais um filme da franquia Halloween chegar aos cinemas. Considerando os reviews que essa sequência tem recebido, o filme chega com a promessa de ser um dos melhores da franquia... Por isso, eu acho que esse post chegou na hora certa (pelo menos para quem também, assim como eu, é fã da franquia) para quem quer relembrar esse ícone!
Considerado como um verdadeiro ícone do Cinema (no que diz respeito ao subgênero slasher de filmes de terror), é assim que o vilão Michael Myers é descrito por um de seus criadores, John Carpenter (que o desenvolveu em parceria com Debra Hill.
Criado em 1978, ele é a evolução de uma criança que aos seis anos foi capaz de assassinar a irmã mais velha e, que após ficar internado em um hospital psiquiátrico por 15 anos, retorna para a sua cidade de origem em busca de vingança (e é aí que, por algum motivo, ele fica obcecado por uma babá chamada Laurie Strode... personagem que marcou a carreira da atriz Jamie Lee Curtis, abrindo-lhes portas para estrelas outros filmes).
A ideia por trás desse personagem partiu da ida de Carpenter a uma instituição de saúde mental para fazer um estudo de caso. Durante essa jornada, ele se interessou especialmente por uma ala onde se concentravam os doentes mentais mais graves do lugar e lá, havia uma criança - por volta de 12 anos - que lhe chamou muito à atenção por ter um olhar um tanto esquizofrênico e profundo (algo bem incomum para crianças com essa faixa etária).
Carpenter ficou admirado como um jovem pôde exprimir tantos sentimentos (algo que ele descreveu como "assustador", "perturbador" e "completamente louco") em apenas um único olhar. Foi um turbilhão de sentimentos ruins em questão de segundos.
Esse foi o ponta pé inicial para quem um dos vilões mais importantes e marcantes da cinematografia mundial ganhasse forma e fosse personificado - já na fase adulta - através do atores Nick Castle, Ton Moran e Tommy Lee Wallace (que alternaram as suas participações no primeiro filme). Sua importância é tamanha, que ele serve - até hoje - de molde para a criação de novos vilões fisicamente e/ou psicologicamente semelhantes.
Sua essência maligna é desconhecida, mas são elementos bem característicos como a sua inseparável máscara branca (que é simples, porém perturbadora), a respiração lenta e ríspida, o seu caminhar metódico e tenebroso aliado a uma sede incansável de vingança (representada pelo caminho sanguinolento cheio de corpos espalhados por onde ele vai) que o tornam uma referência clássica e, de certo modo, obrigatória para o cinema de terror que vê no subgênero slasher uma maneira de continuar existindo em um mundo de entretenimento tão competitivo.
Associada a sua imagem também está uma trilha sonora envolvente e que por ser extremamente bem pensada, trabalhada e arquitetada tem um ar quase fantasmagórico. Com o passar dos anos, a música que é tema do filme tornou-se um sucesso atemporal:
O sucesso desse personagem (assim como o filme, que acabou sendo também uma referência para muitos outros cineastas) foi tanto, que não bastaram os filmes (e remakes... que tornaram Halloween em uma das franquias financeiramente mais rentáveis do gênero) ganhando as telas dos cinemas (e trazendo um ótimo retorno financeiro) para satisfazer o seu "ego".
Ele também ganhou livros e jogos de vídeo game, expandindo assim, a sua história por diversos tipos de meio de comunicação e perpetuando o seu legado de sangue e terror.
Site: (referêcia): Hora do Terror.