Sinopse: Owen e Claire retornam à ilha Nublar para salvar os dinossauros restantes de um vulcão que está prestes a entrar em erupção. Eles encontram novas e aterrorizantes raças de dinossauros gigantes ao descobrir uma conspiração que ameaça todo o planeta.
Tudo começou há 25 anos atrás, quando Steven Spielberg mais uma vez reinventou a sua forma de fazer cinema, trazendo um elemento extremamente conhecido da era jurássica para o mundo moderno: os dinossauros.
Com um argumento bem fundamentado para trazer os dinossauros de volta à vida, Jurassic Park se consolidou como um dos marcos dentro da sétima arte... E segue com essa conquista após todos esses anos (aliás, isso já é algo consolidado... ainda que esse tipo de não seja o seu preferido, não há como negar a qualidade do mesmo).
Assim como a vida encontra sempre um novo caminho... A franquia agora segue o mesmo curso.
Ao longo dos anos, a franquia procura sempre avançar inserindo novos elementos às tramas e embora o uso de clichês específicos seja recorrente (principalmente na criação e nos perfis dos personagens), quando eles são bem utilizados... Não há demérito algum no uso desse argumento (algo que particularmente só falhou no segundo filme da franquia original, O Mundo Perdido: Jurassic Park ).
Em Jurassic World: Reino Ameaçado, vários desses clichês estão de volta e provam o quanto uma reciclagem pode ser eficiente quando se tem uma boa história que vale à ser contada (e ainda consegue fazer uma extensa homenagem a franquia original).
O filme se concentra em dois grandes momentos: 1. no esforço em salvar os dinossauros de uma extinção em decorrência de uma erupção vulcânica; 2. na luta contra a imposição do capitalismo sobre a verdadeira essência da ciência. São momentos muito bem divididos e que garantem o dinamismo necessário para manter o espectador atento e cada vez mais instigado em acompanhar às suas 2 horas de projeção.
Durante o primeiro ato, a roteiro coloca todos os personagens de volta a ilha Nublar, enfrentando perigos de escala estratosférica quando o vulcão implode e cria uma das cenas mais lindas e tensas já vista no cinema (é realmente um dos momentos que deixa o público na ponta da cadeira, com o olhar fixo na telona para acompanhar o desfecho de tudo... que por sinal, culmina com uma cena muito triste de se ver)!
No segundo ato, os personagens são levados para a cidade (mais precisamente para uma mansão onde há uma mistura clandestina de base militar e laboratório) e o filme apresenta a sua outra metade: uma crítica ferrenha aos valores morais e éticos dos seres humanos quando o dinheiro está em jogo. Durante essa fase, o roteiro mergulha na ideia assustadora da ciência ser controlada pelo capitalismo (evidenciando que tudo estaria a um passo do caos quando administrado pelas mãos erradas).
Essas duas vertentes que o roteiro apresenta se complementam de forma muito eficiente, alternando sempre entre momentos cheios de ação e aventura (e alguns são realmente muito eletrizantes!) com momentos mais dramáticos e reflexivos. Há um momento dramático em especial que chama o público para um dilema bem particular (e é o segundo grande momento onde o público pode ser levado às lágrimas).
Tudo isso é extremamente bem trabalhado pelo diretor J.A. Bayona (Sete Minutos Depois da Meia Noite), que consegue amarrar por completo o filme afim de deixá-lo bem redondo (tornando-o em um blockbuster com selo de qualidade certificado).
Apesar do roteiro não ser inovador, o clima de tensão e suspense - dentre outros aspectos, à base em um criativo jogo entre luzes e sombras - é muito superior ao criado no filme anterior e com uma direção mais centrada nisso, o resultado é que essa sequência apresentar um novo olhar e um novo caminho para a franquia (um impulsionador para a terceira parte... que tem tudo para despontar de vez!).
O elenco trabalha em sintonia (com um destaque claro para Chris Pratt (Owen) e Bryce Dallas Howard (Claire) - esta segunda bem mais necessária e segura de si do que no primeiro longa - que juntos protagonizam grandes momentos da trama) e entregam performances compatíveis - ainda que haja um ou dois personagens bem caricatos - com o que se espera deles (ou seja, longe de ganhar um Oscar... mas muito acima da média que é vista em filmes do mesmo gênero).
Vale ressaltar que a introdução da personagem Maisie Lockwood interpretada pela jovem Isabella Sermon é um dos ganchos principais para a renovação da trama.
Comentar sobre os aspectos técnicos do filme é chover no molhado... Mas é impossível falar da irrefutável qualidade dos efeitos especiais / visuais (que estão ainda mais realistas - os dinossauros estão a um passo de tornarem palpáveis para o espectador e causam uma verdadeira imersão afim de fazer o público não apenas ver, mas viver a história), da hipnotizante trilha sonora de Michael Giacchino (que causa sempre aquela nostalgia incrível e enaltece ainda mais a qualidade das cenas) e do trabalho inspirador realizado pela edição de arte (principalmente a fotografia, que é simplesmente sensacional!).
Jurassic World: Reino Ameaçado é um filme grandioso (em todos os sentidos), um filme que proporciona um lugar em uma viagem bem elaborada e executada, despertando vários tipos de sentimentos enquanto o espectador admira - meio que abismado... no melhor sentido da palavra - toda a magnitude que cresce cada vez mais diante de um olhar dominado pelo mundo surreal dos dinossauros.
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Eu sou um fã "de carteirinha" a franquia original. Confesso que ao ver o trailer no cinema eu fiquei meio que desanimado. Achando que seria mais do mesmo. Pensei, se quero ver mais do mesmo eu reassisgo os antigos. Mas sua resenha me fez mudar de ideia. Agora vou esperar pra ver se @renanjark vai querer ir no cinema comigo pra ver o filme semana que vem!
Em alguns momentos você verá mais do mesmo... Mas nem se preocupe, porque esse filme consegue criar uma identidade própria muito interessante. O rumo que a franquia tomou me deixou ainda mais instigado em esperar pelo próximo filme!
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Estou muito ansioso pra assistir , melhor franquia mesmo , gostei de todos especialmente do primeiro, aquele foi o top
Pode ir assistir tranquilo. Tenho certeza que você irá gostar!
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Cara muito bom o texto e bem detalhado, quase rola um spoiler ai!
HAUHAUHUAHUA
Assisti na tv esses dias a parte um desse filme e foi bem legal, gostei bastante da primeira versão lá atrás e gostei dessa parte um, vou me programar para assistir esse filme!
Abraços e Parabéns!
Acho que fiquei um pouco empolgado na hora de escrever esse review, @alexandrecseco... Haha! Espero não ter estragado nenhuma surpresa. U.u'
Não estragou nada... foi um jeito de dizer que foi bem escrito mesmo! ;)
Obrigado!