Um antídoto para o complicómetro...

in Steem Portugal5 years ago

maze1804499_640.jpg

... é ter algo interessante para fazer. Não algo circunstancial como ir correr 10 Km ou lavar o carro. Algo grande. Algo suficientemente grande para que a nossa mente não consiga passar muito tempo longe desse objectivo. Quem gosta muito de algo fica obcecado. Convém evitar níveis doentios de fixação mas uma vez que haja noção dos limites, estamos a salvo. Ter um desígnio maior, uma missão, um objectivo nobre ou grandioso deixa-nos menos tempo para vitimização e complicações. Não inventamos problemas nem transformamos pequenos problemas em catástrofes.

dream2063053_640.png

A mente está focada no objectivo e a procurar incessantemente formas de o atingir. Os grandes problemas devem ser identificados e solucionados mas os pequenos são ignorados e postos para trás das costas. Às vezes nem os resolvemos porque é preciso deixar pequenas coisas más acontecerem para termos tempo de fazer acontecer as grandes e realmente importantes.

priority4303707_640.png

A maioria das pessoas com uma missão faz o que tem de fazer para cumpri-la e não perde tempo com ninharias do dia-a-dia. Às vezes saem do seu mundo, espreitam cá para fora, vêem o que se passa e dizem olá aos amigos, mas depressa estão de volta à sua missão.

Arrisco-me a dizer que todos nós já passámos por algo parecido ainda que tenha sido passageiro. Vimo-nos tão envolvidos num projecto, numa tarefa, num desafio que não prestámos atenção a coisas que numa situação normal teriam merecido a nossa maior atenção.

É fácil perdermos tempo com coisas que não são merecedoras de atenção nem de energia. Mas havendo tempo livre e espaço mental para tal, ligamos o complicómetro e lá estamos nós novamente num enredo virtual ao qual damos tanta importância que nos parece real, importantíssimo e urgente.

Quem tem objectivos grandes ou paixões ardentes não tem tempo para estas coisas. É este o antídoto. É só tomar.

images: pixabay.com


RMach