Count the aces in the deck / Conta os ases no baralho [Eng-Pt]

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I heard this expression this week on a podcast. And indeed, it makes perfect sense. You have to realise the probabilities of what you're trying to achieve.

Let's imagine that we're applying for a position in a company for which the most qualified candidates number around two dozen... and there are only three places available. Well, if we know these figures, we know that if we apply for this job, even if we are better placed and better qualified, we only have a 15% chance of getting the job.

This way we can manage our expectations much better. If we don't know the odds, we'll always think that we haven't achieved a certain goal because of our own incompetence or failure, when in reality it just has to be a goal that doesn't depend solely on our performance and our personal and professional commitment.

If we always knew what the odds were, a lot of the frustration and depression we feel on a daily basis would certainly be avoided and channelled into other fields.

In the field of politics, let's see, every day cards are played that are surely a ‘bluff’. Nobody really knows what cards the other ‘players’ are holding... and what cards might still be dealt by the game on the table.

In the game of to be or not to be, who wins? Who loses everything? And goes ‘all in’? Or who seeks concessions and leaves the game, giving up on the card?
Is there a right answer? What are we willing to lose or risk? And isn't what we're putting on the table more valuable than what we could potentially win? Games of ego and self-image do come into play. We see it every day in this world. Someone wanting to take centre stage in a decision, in a victory, regardless of how they achieved it.

I look with some trepidation at the times ahead. In a Europe with a good memory, but fortunately with a long period of peace, and with disinvestment in its Defence, it has left this opportunity to catch us off guard, or distracted, in the hands of the masters of other latitudes, and has laid down a very high card.

Does he have a Royal Flush? Or two pair? Nobody knows... what we do know is that there are always those who suffer on either side, and it's rarely those who triggered the conflict.

In this world of constant upheaval, who will win? And will there be a winner? A real winner, or will they just be losers, some less losers than others?

Cheers🍀

Ouvi esta expressão esta semana num podcast. E de facto, faz todo o sentido. Devemos ter a noção das probabilidades do que estamos a procurar atingir, ou alcançar.

Imaginemos que estamos a concorrer a um cargo de uma empresa, para a qual, os candidatos mais qualificados são aproximadamente duas dezenas... havendo apenas três lugares à disposição. Pois bem, se soubermos estes números, sabemos que se formos concorrer a este emprego, mesmo que nós estejamos mais bem posicionados e melhor qualificados, temos apenas 15% de possibilidade de conseguir ficar com o cargo.

Por aqui conseguimos gerir muito melhor as nossas expectativas. Se não soubermos as probabilidades, iremos sempre pensar que não conseguimos determinado objectivo por nossa própria incompetência ou falha, quando na realidade é apenas de ser um objetivo que não dependa somente do nosso desempenho e da nossa entrega pessoal e profissional.

Se soubéssemos sempre quais eram as probabilidades, muita da frustração e da depressão que sentimos diariamente seria certamente evitada e canalizada para outros campos.

No campo da política, vejamos, todos os dias se jogam cartadas que são seguramente um "bluff". Ninguém sabe muito bem que cartas as outros "jogadores" tem na mão... e que cartas poderão ainda ser distribuídas pelo jogo que está na mesa.

No jogo do ser ou não ser, quem é que ganha? Quem deita tudo a perder? E faz "all in"? Ou quem procura concessões e deixa o jogo, desistindo da cartada?
Será que há uma reposta certa? O que estamos dispostos a perder, ou a arriscar? E o que estamos a colocar na pilha da mesa, não será mais valioso do que potencialmente poderemos ganhar? Os jogos do ego, e da imagem própria entram de facto em conta. Neste Mundo vemos isso diariamente. Alguém a querer ter o protagonismo de uma decisão, de uma vitória, independentemente de como o alcançou.

Vejo com algum receio os tempos futuros que se aproximam. Numa Europa com boa memória, mas com felizmente um longo período de Paz, e com um desinvestimento na sua Defesa, deixou e entregou às mãos dos donos de outras latitudes essa oportunidade de nos apanharem desprevenidos, ou distraídos, e lançou uma cartada bem alta.

Será que tem um Royal Flush? Ou dois pares? Ninguém sabe... o que se sabe é que há sempre quem sofra de um e do outro lado, e raramente é de quem espoletou esse conflito.

Neste mundo em constante sobressalto, quem sairá a ganhar? E será que vai haver um vencedor? Um verdadeiro vencedor, ou serão apenas perdedores, um uns menos perdedores que outros?