https://pixabay.com/photos/cabinet-clothes-garments-wardrobe-1853504/N
Have you ever thought that in our homes, and in practically every room, we have real hiding places for practically everything? In your bedroom wardrobe, have you ever emptied it, or did you just find it empty when you first moved in?
There's an almost basic need to accumulate things, objects, souvenirs, or simple knick-knacks that evoke memories, memories, and in the case of clothes, which often don't even remind us of anything positive...
When you look in your wardrobe, for example, you're sure to find clothes that you've only worn once in your life... and no, I'm not talking about your wedding suit! That jacket that was so fashionable that you instinctively bought it in the after-Christmas sales, or in one of the Black Friday promotions when you went into your favourite brand's shop.
We end up filling our lives, and the moments when we can't cope so well with some setback, with something that we think will make us better, but doesn't... it just leaves us with less money or time, and ends up bogging us down or filling a void, yes... but at the bottom of the last drawer, or on the leftmost hanger in our wardrobe.
And from week to week, we leave it... deep down. Until we're confronted with its existence one day. We end up literally being confronted with it, and we're even amazed at how a t-shirt that's already worn out and even rotten in the armpits, from the days when we were 15 kilos lighter, and when we were still at university... The fear of having to part with this object ends up imprisoning us in its existence. We think we're becoming more complete, when we end up giving away one of the greatest assets we have: the freedom of having an empty space!
This duality is very interesting. We buy to fulfil ourselves and end up selling space, time and energy... Everything we need to do other things, to be able to buy something we really need, or to simply leave the space free.
Any surface in our home is a potential place to store things. If we look, how many of these things, objects, do we really need?
There's a little exercise we can do, or if we don't have the courage to put it into practice, we can just do it mentally. If we imagine that the object in front of us, or in our mind, disappeared by magic, would we really feel sorry for it?
Often, we end up burdening ourselves with a weight of things, afraid of what we might feel if those things didn't belong to us. But what if putting those objects away, donating them, or even selling them, left us freer and more open to having more space and time for ourselves?
I can share with you that at the beginning of the compulsory lockdown due to the Covid pandemic, and as I had a lot of free time (necessarily at home), I ended up doing a deep clean of the house. That year was my ninth year of moving out. I couldn't believe how much junk I had accumulated in such a short space of time. I should also mention that my grandmother always taught me something that helps in this regard. She used to say: ‘Keep what you don't want so you can find what you need’. Of course, this saying came from my grandmother's first-person experience of a very troubled time in world history. She was born in 1917 and saw and suffered a lot of hardship. As such, everything she could have was rationed. In her childhood and youth, she didn't have access to essential goods according to her financial means (which in that case weren't very great either). To summarise: Other times...
Nowadays, I can see that accumulating things, just for fear of not having enough, only creates ties... and stronger ones than the imaginary ones that exist because of the fabrication of feeling the absence of something.
I hope you enjoyed my post today. I hope to see you here tomorrow.
Cheers🍀
Já pensaram que em nossas casas, e em praticamente todas as divisões temos verdadeiros pontos de esconderijo para praticamente tudo? No guarda roupa do nosso quarto, já o esvaziaram alguma vez, ou apenas o encontraram vazio quando se mudaram pela primeira vez para a vossa casa?
Há uma necessidade quase básica, de irmos acumulando coisas, objectos, recordações, ou simples bibelots que nos evocam memórias, recordações, e no caso da roupa, que muitas das vezes nem uma coisa positiva nos lembra...
Quando olham para o vosso guarda-fatos, por exemplo, certamente que vão encontrar roupa que apenas usaram uma vez na vossa vida... e não, não estou a falar do vosso fato de casamento! Aquele casaco que estava na moda, e que tão instintivamente o compraram nos saldos após o Natal, ou numa das promoções da Black Friday, quando passaram na loja da vossa marca favorita.
Acabamos por preencher a nossa vida, e os momentos que não conseguimos tão bem lidar com algum contratempo, com algo que achamos que nos irá tornar melhor, mas não... apenas nos deixa com menos dinheiro ou tempo, e acaba por atolar ou preencher um vazio sim... mas no fundo da ultima gaveta, ou no cabide mais à esquerda do nosso guarda-fatos.
E de semana, para semana, deixamos... lá bem no fundo. Até que sejamos confrontados com a sua existência um dia. Acabamos por literalmente ser confrontados e ficamos até admirados como é que uma t-shirt já desgastada e até rota nas axilas, do tempo em que nós tínhamos menos 15 quilos, e em que ainda estávamos na faculdade... O medo de termos que apartar desse objecto, acaba por nos aprisionar à sua existência. Achamos que nos estamos a tornar mais completos, quando acabamos por entregar um dos maiores bens que temos: a liberdade de ter um espaço vazio!
Muito interessante esta dualidade. Compramos para nos preencher algo e acabamos por vender espaço, tempo e energia... Tudo o que precisamos para fazer outras coisas, poder comprar algo que de facto nos faça falta, ou para simplesmente deixar o espaço livre.
Qualquer superfície da nossa casa é um potencial ponto para depositarmos coisas. Se formos a olhar, quantas dessas coisas, objectos, precisaríamos de facto?
Existe um pequeno exercício que podemos fazer, ou se não tivermos coragem de o por em prática, podemos apenas mentalmente o executar. Se imaginarmos que o objecto que está à nossa frente, ou na nossa mente, desaparecesse por arte de magia, teríamos de facto pena de ele ter desaparecido?
Muitas das vezes, acabamos por nos sobrecarregar com um peso das coisas, com receio do que possamos sentir, se essas coisas não nos pertencessem. Mas, e se o facto de colocarmos esses objectos de parte, doar, ou mesmo vender, nos deixassem mais livres e mais abertos para termos mais espaço e tempo para nós mesmos?
Posso partilhar com vocês, que no início do confinamento obrigatório por causa da pandemia do Covid, e como tinha bastante tempo livre (forçosamente em casa), acabei por fazer uma limpeza profunda da casa. Estava nesse ano a completar o meu nono ano em que me tinha mudado. Nem queria acreditar na quantidade de inutilidades que eu tinha acumulado em tão pouco tempo. Também posso referir que a minha avó sempre me ensinou uma coisa, que ajuda nesse aspecto. Tinha ela o seguinte dizer: "Guarda o que não queres para encontrares o que precisas". Claro que este ditado adveio de uma vivência na primeira pessoa, por parte da minha avó, de uma época muito conturbada da história Mundial. Ela nasceu em 1917, e viu e sofreu muitas privações. Como tal, tudo o que poderia ter era racionado. Na sua infância e juventude, não tinha acesso a bens essenciais de acordo apenas com a possibilidade financeira (que nesse caso também não era muita). Resumindo: Outros tempos...
Hoje em dia, consigo ver que acumular coisas, só com medo de não termos o suficiente, só cria amarras... e mais fortes do que as imaginárias que existem pelo facto da fabulação de sentirmos a ausência de algo.
Espero que tenham gostado desta minha publicação de hoje. Espero encontrar-vos por aqui amanhã.
Bem Hajam🍀
Free image from Pixabay.com
Translated with DeepL.com (free version)
Obrigado por promover a Língua Portuguesa em suas postagens.
Vamos seguir fortalecendo a comunidade lusófona dentro da Hive.