Throwing the dice / Atirar os dados [Eng-Pt]

in Reflections13 days ago

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This morning, on one of my favourite podcasts, I heard one of the host's guests share that if there was something that required a decision on his part, and he didn't quickly know which one to choose, he would resort to the simple randomness of a roll of the dice.

I confess that it was an idea that I found difficult to understand at first, but then, as the guest developed his narrative, I came to understand his vision and his decision to leave everything to chance...

She said that by spending too much time deciding on mundane things in our lives, such as the restaurant we're going to have dinner at with friends, or the bar we're going to after a long day at work, we end up depleting the energy we need to devote to living intensely in the present. By trying to decide everything for ‘us’, we end up not deciding what we can actually decide! This is a completely ‘out of the box’ idea, but I'll explain it.

Let's say you want to share a meal with a friend, or even a partner, and what's really less important is not so much the meal itself, but the company... You spend more than half an hour deciding which restaurant or type of cuisine you want to choose... After more than half an hour, we find ourselves already thinking about the next step, and we avoid thinking about what is really important - our presence with someone who is special to us in one way or another. When we roll the dice, we only have to worry about ‘following’ what we've chosen and enjoying every moment of the meal. We end up feeling more interconnected with each other, and even with reality, which leaves us freer to think about whether we made the right decision to choose this or that place to be.

I confess that when I heard this, I was somewhat sceptical. I can't see myself initially taking data and throwing it at it so that what comes of it is my next step... But would that be so bad?

Let's look at it from another angle. If I really want to go to a fantastic restaurant, where I know the staff, the chef and where I feel completely at ease, aren't I leaving other experiences that could be more enriching out of the huge range of possibilities? Could I meet another team from another restaurant, could I meet someone who could have a very interesting conversation, and from which an opportunity for internal growth could arise?

How many times do we get carried away, without really thinking about the possibilities, and instead of letting randomness bring us some surprises, we avoid exactly that, preferring to choose something that we already know well, and that we know how we'll feel at the end?

Well, that's something I'm still not completely open to... But I'll try to use it in small decisions that I have to make, which don't involve a huge risk, but which can generate something new in me!

I hope you enjoyed my reflection today. I'll see you back here in a future post. Thank you for your time and attention!

Cheers🍀

Ouvi hoje de manhã, num dos meus podcasts favoritos uma partilha de um dos convidados do anfitrião, que se houvesse algo que precisasse de uma decisão sua, e que não sabia, rapidamente, entre qual delas escolher, que recorreria à simples aleatoriedade de um lançamento de dados.

Confesso que foi uma ideia que me custou a compreender, ao início, mas depois, e à medida que o convidado vai desenvolvendo a sua narrativa, acabei por perceber a sua visão, e a sua decisão em deixar tudo ao acaso...

Dizia ela que, ao tomarmos muito tempo a decidir coisas corriqueiras na nossa vida, tal como o restaurante em que vamos tomar um jantar com uns amigos, ou o bar que vamos depois de um dia longo de trabalho, acabamos por esgotar as energias que deveremos empenhar para viver de forma intensa o presente. Ao tentarmos decidir tudo poe "nós", acabamos por deixar de decidir o que podemos de facto decidir! Ideia completamente "fora da caixa", mas que passo a explicar.

Imaginemos que vocês querem partilhar uma refeição com um amigo, ou mesmo com um companheiro, e o que é de facto menos importante não é tanto a refeição em si, mas sim a companhia... Passamos mais de meia hora para decidir que restaurante, ou que tipo de cozinha queremos escolher... Ao fim de mais de meia hora, damos connosco a pensar já no próximo passo, e evitamos estar a pensar no que de facto é importante- a nossa presença junto de alguém que nos é especial, de uma ou de outra forma. Ao lançarmos os dados, teremos apenas que nos preocupar em "seguir" o que nos calhou, e em apreciar todos os momentos da refeição. Acabamos por nos sentir mais interligados com o outro, e mesmo com a realidade, o que nos deixa mais livres de pensar se tomamos a decisão correcta de escolher este ou aquele local para estarmos.

Confesso que ao ouvir isto, fiquei algo céptico. Não me vejo numa primeira fase pegar em dados, e lança-los de modo a que o que de lá advir ser o meu próximo passo... Mas será que seria assim tão mau?

Vejamos por outro "prisma". Se eu tiver muita vontade de ir a um restaurante fantástico, em que conheço a equipa, o cozinheiro, e em que me sinto completamente bem, não estarei à partida a deixar outras experiências que até poderiam ser mais enriquecedoras, de fora do enorme leque de possibilidades? Será que eu poderia conhecer outra equipa de outro restaurante, será que me ia encontrar com alguém que pudesse ter uma conversa muito interessante, e da qual surgisse uma oportunidade de um crescimento interno?

Quantas vezes, nos deixamos levar pela corrente, sem de facto pensarmos n as possibilidades, e em vez de deixar que a aleatoriedade nos traga alguma surpresa, evitamos exactamente isso, e preferimos escolher algo que já conhecemos bem, e que sabemos como nos sentiremos no fim?

Pois bem, é algo em que eu ainda não sou completamente aberto... Mas que tentarei usar em pequenas decisões que eu tenha que tomar, e que não envolvam um enorme risco, mas que possa gerar algo de novo em mim!

Espero que tenham gostado desta minha reflexão de hoje. Vemo-nos por aqui numa próxima publicação. Obrigado pela vossa atenção e tempo!

Bem Hajam🍀

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