[EN/PT-BR] Can children bodysurf? | Crianças podem praticar bodysurf?

in SurfHivelast year

English [🇺🇸]

Hi everyone!

When a baby is born and starts to grow, doctors generally recommend that parents take their child to swimming lessons. The age varies from professional to professional, but most recommend it from 8 months of age.

At first, hearing this type of recommendation, especially from doctors, shocks many parents. The imagination runs wild and scenes of drowning, falling over the edge of the pool and other tragic situations flash through the mind. Sure, it might scare you to imagine an 8-month-old baby in a swimming pool. But obviously he won't be alone. There will be Physical Education teachers prepared to deal with this age group, with the demands that surround this age.

However, what does this scenario look like when we think about the children who are going to start catching waves? Is there an ideal age to start surfing? Speaking specifically about bodysurfing, could there be a recommended age for starting the sport?

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Photo: Rafael Fontão at 14 years old in Rio de Janeiro, captured by Vitor Teixeira.

We know that children and sport make a perfect combination. Practicing sports is something doctors recommend from early childhood. But what would it be like in bodysurfing, a sport that only requires the use of fins? In other words, there is no edge (of a pool) for the child to rest, just as there is no board for them to lie down and relax.

So how can we trust that bodysurfing is safe for children? The answer is: it's not about whether a sport is safe or not. A child could be injured in a swimming lesson just as much as a child in a surfing lesson. The question is how the class will be conducted, and whether the child will be referred to a competent professional to teach them.

Often in their eagerness to pass on their passions to their children, parents end up running over their children's own rhythm. They don't understand that each individual has their own speed, their own rhythm to learn and thus improve in something. In a great desire to see their son surfing well and suddenly even envisioning victories in championships, they stop sharing knowledge and experiences that are fundamental to this path. This is where the teacher, a professional specialized in the subject, comes in. Because he knows how to lead each student, he understands the pedagogical teaching-learning process involved in each sport.

If we don't talk about sea reading, water safety, rip currents and other topics, we won't be able to convey confidence to the child. In the state of Alagoas, where the sport of Alagoas handsurfing was created, it is very common for parents to pass this tradition on to their children. It's something that runs from generation to generation, even today. Some do this on their own, while others look for schools so that learning is a process led by a professional.

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Photo: Children of handsurfers from Alagoas love playing the same sport as their parents.

In my opinion, the passion of a human being to be taught to another, especially when it comes to sport, is something very beautiful. But we need to be careful not to put pressure on our children, we must not be creators of trauma, we cannot keep children away from the path to health and quality of life. A shocking fact that is important to keep in mind: in 2018 here in Brazil, drowning was the second cause of death in children aged 1 to 4 years and the third cause in the age group of 5 to 14 years.

In other words, we cannot blink, we cannot “take our eyes off” the children, as all it takes is inattention for a tragedy to happen. We need to know how to regulate our excitement, recognize that children need to have fun and keep in mind that we cannot be distracted when being with them. Let's be sensible.

Aloha, see you soon!


About me
Physical education teacher, PhD student, content creator, bodysurfer and nature lover. Get to know me better here!

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Português [BR]

Aloha, galera!

Quando um bebê nasce e começa a crescer, os médicos em geral recomendam aos pais para que coloquem o filho em aulas de natação. A idade varia de profissional para profissional, mas boa parte recomenda a partir dos 8 meses de idade.

Em um primeiro momento, ouvir esse tipo de recomendação, ainda mais de médicos, choca muitos pais. A imaginação vai longe e cenas de afogamentos, quedas na borda da piscina e outras situações trágicas passam pela mente. Claro, pode assustar você imaginar um bebê de 8 meses em uma piscina. Mas obviamente ele não estará sozinho. Haverá professores de Educação Física preparados para lidar com essa faixa etária, com as demandas que rondam essa idade.

Porém, como é esse cenário quando pensamos nas crianças que vão começar a pegar onda? Será que existe alguma idade ideal para começar a surfar? Falando especificamente do bodysurf, poderia existir alguma idade recomendado para iniciar na modalidade?

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Foto: Rafael Fontão aos 14 anos de idade no Rio de Janeiro, registrado por Vitor Teixeira.

Sabemos que criança e esporte fazem uma combinação perfeita. A prática de esporte é algo recomendado por médicos desde a primeira infância. Mas como seria no do bodysurf, um esporte que requer apenas o uso de nadadeiras? Em outras palavras, não existe borda (de piscina) para a criança descansar, assim como não existe uma prancha para ela se deitar e relaxar.

Como podemos então confiar que o bodysurf é seguro para crianças? A resposta é: não se trata de um esporte ser seguro ou não. Uma criança poderia se machucar em uma aula de natação, tanto quanto uma criança em uma aula de surfe. A questão é a forma como a aula será conduzida, se é que a criança será encaminhada para um profissional competente que lhe ensine.

Muitas vezes na ânsia de transmitirem suas paixões para os filhos, os pais acabam atropelando o próprio ritmo dos filhos. Não entendem que cada indivíduo tem sua velocidade, seu ritmo para aprender e assim se aperfeiçoar em algo. Em um grande desejo de ver o filho surfando bem e de repente até vislumbrando vitórias em campeonatos, deixam de compartilhar conhecimentos e vivências fundamentais para este caminho. E aí que o professor, profissional especializado no assunto, entra. Pois este sabe como conduzir cada aluno, compreende o processo pedagógico de ensino-aprendizagem envolvido em cada esporte.

Se não falamos sobre leitura de mar, segurança aquática, corrente de retorno e demais temas, não conseguimos transmitir confiança para a criança. No estado de Alagoas, onde o esporte handsurf alagoano foi criado, é muito comum os pais passarem essa tradição para os filhos. É algo que corre de geração para geração, até hoje. Alguns fazem isso por conta própria, enquanto outros procuram escolinhas para que a aprendizagem seja um processo conduzido por um profissional.

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Foto: Filhos de handsurfers alagoanos amam praticar o mesmo esporte que os pais.

A meu ver, a paixão de um ser humano ser ensinada a outra, ainda mais sendo o esporte, é algo muito belo. Mas precisamos ser cautelosos para não pressionar nossas crianças, não devemos ser criadores de traumas, não podemos afastar as crianças do caminho da saúde e qualidade de vida. Um dado chocante que é importante termos em mente: no ano de 2018 aqui no Brasil, o afogamento foi a segunda causa de óbito em crianças de 1 a 4 anos e a terceira causa na faixa etária de 5 a 14 anos.

Em outras palavras, não podemos piscar, não podemos “tirar os olhos” das crianças, pois basta uma desatenção para uma tragédia acontecer. Precisamos saber dosar nossa empolgação, reconhecer que crianças precisam se divertir e ter em mente que não podemos nos distrair ao estar com eles. Sejamos sensatos.

Aloha, até a próxima!


Sobre mim
Professora de educação física, doutorado em andamento, criadora de conteúdo, bodysurfer e amante da natureza. Clica aqui pra me conhecer melhor!

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Mto legal! Que fofa a criancinha pegando onda na última foto hehe!

Eu fiz natação quando era bem novinha, e olha que eu nem morava perto do mar. Mas fazer natação quando nova provavelmente já me deu muito mais segurança pra nadar e surfar hoje.

Eu acredito que quanto mais cedo ensinar a criança a entender o mar e se acostumar com ele, sempre com acompanhamento e do jeito certo, mais fácil vai ser pra ela praticar um esporte no mar.

Adorei o post!

Perfeito. Sem pressão, aprender brincando... bom caminho para a criança permanecer em contato com a água.

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