Written in ENGLISH and PORTUGUESE.
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I grew up in a humble family and for that reason I had no access to expensive travel or recreation during my childhood and adolescence. The leisures that my family could provide me were relatively simple, like vacationing at my grandparents' house in the countryside. I was very happy to work in the fields with them, take care of the few animals they had, talk beside the wood stove, etc. They led an extremely simple life, there was no vanity, luxury or big ambitions in their daily lives. This life with few resources limited them in important issues such as health and quality of food. On the other hand, even with all the limitations, I saw in their faces a happiness that I hardly see when looking at anyone nowadays, especially in big cities.
From a young age I wanted a life of achievement, probably influenced by the media. As much as I was not deluded and understood the difficulty of getting a life like this being a poor child, I always wanted. By saying “conquests” I want you to understand that they are of the most diverse types, and not just financial achievements. I wanted to have a good job, be able to raise more than one child with high quality, practice a martial art regularly for many years, have knowledge to use my own car, etc.
It turns out that the longer I live, the more I realize that these ambitions keep showing up. Not that I think it's a negative, I don't imagine my life without having a purpose in mind. But I didn't feel as satisfied in the last achievements I had as I felt in the first ones. When I reach something dear, I look for a next goal right away. So I started to wonder when I would be satisfied with what I have? When am I going to stamp on my face the satisfaction with my current condition, even if it's not filled with luxuries, like my grandparents used to do?
I obviously don't have the answers to the questions I asked, but I'm beginning to see that the secret to happiness I saw so clearly as a child is more about people than achievements. Being around, following and even promoting the success of the people I love does me a huge amount of good.
A few years ago, a master of Capoeira (Brazilian martial art) told me: “Hudson, the shortest way to God is the next one”. He told me this in a different context, but it fits this reflection perfectly. Regardless of the creed of each one, if God is understood as the happiness we all want to achieve, this old teacher taught me a beautiful lesson. On second thought, that old man has a lifestyle that resembles my grandparents...
Thanks for reading my post.
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PORTUGUÊS
Ambição X Felicidade
Cresci em uma família humilde e, por esse motivo, não tive acesso a viagens ou recreações que fossem caras durante a minha infância e adolescência. Os lazeres que minha família podia me proporcionar eram relativamente simples, como passar as férias na casa dos meus avós no interior. Deixava-me muito feliz trabalhar no campo com eles, cuidar dos poucos animais que eles tinham, conversar ao lado do fogão a lenha, etc. Eles levavam uma vida extremamente simples, não havia vaidade, luxo e nem grandes ambições no seu dia a dia. Essa vida com poucos recursos os limitava em questões importantes como de saúde e qualidade na alimentação. Por outro lado, mesmo com todas as limitações, eu via em seus rostos uma felicidade que eu dificilmente vejo ao olhar para alguém hoje em dia, principalmente nas grandes cidades.
Desde bem novo eu desejei uma vida de conquistas, provavelmente por influência da mídia. Por mais que não fosse iludido e entendesse a dificuldade de se obter uma vida assim sendo uma criança pobre, eu sempre desejei. Ao dizer “conquistas” quero que entendam que são dos mais diversos tipos, e não apenas conquistas financeiras. Desejava ter um bom emprego, condição para criar mais de um filho com muita qualidade, praticar uma arte marcial com regularidade por muitos anos, ter conhecimento para mexer no meu próprio carro, etc.
Acontece que quanto mais eu vivo, mais percebo que essas ambições não param de aparecer. Não que eu ache isso algo negativo, não imagino minha vida sem ter propósitos em mente. Mas não me senti tão satisfeito nas últimas conquistas que tive, quanto me senti nas primeiras. Ao alcançar algo querido, logo em seguida já procuro um próximo objetivo. Sendo assim, passei a me perguntar quando eu ficaria satisfeito com o que eu tenho? Quando vou estampar em meu rosto a satisfação com a minha condição atual, mesmo que não seja recheada de luxos, assim como meus avós faziam?
Obviamente não tenho as respostas para as perguntas que fiz, porém, começo a ver que o segredo da felicidade que eu via tão claramente enquanto criança está mais atrelado às pessoas do que às conquistas. Estar perto, acompanhar e até mesmo promover o sucesso das pessoas que amo me fazem um bem gigantesco.
Há alguns anos, um mestre de Capoeira (arte marcial brasileira) me disse: “Hudson, o caminho mais curto para Deus é o próximo”. Ele me disse isso dentro de um contexto diferente, mas que se encaixa perfeitamente nessa reflexão. Independente do credo de cada um, se Deus for entendido como a felicidade que todos desejamos alcançar, esse velho mestre me deu uma bela lição. Pensando bem, aquele velho tem um estilo de vida que se assemelha ao dos meus avós...
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Faz parte de viver sempre procurar algo novo após conquistar um.
Uma vez que um homem sem sonhos e objetivos na vida só vai lhe restar a morte.
É super normal para uma pessoa de sucesso assim que conquista algo ir atrás do próximo. Isso nos mantém ativo.
Porém, é importante agradecer por tudo que a gente já conquistou, desde as coisas mais simples e ser feliz com isso. A busca pela felicidade e satisfação nunca chegará se a gente sempre olhar o próximo, mas sim o momento em que vemos que nós temos ela agora, no presente e que continuamos indo ao futuro para manter esse estado de espirito feliz ;)
Verdade... é o que dizem sobre "se apaixonar pelo processo". Não podemos viver só correndo de objetivo em objetivo sem estarmos satisfeitos com o que temos hoje.