Paralimpíadas
Ucraniano que teve perna amputada na guerra com a Rússia estreia nas Paralimpíadas no vôlei sentado
O paramédico militar ucraniano Yevhenii Korinets nem sonhava com uma vida no esporte quando um combate na cidade de Bakhmut, em março de 2023, mudou o rumo de sua história.
Após sofrer graves ferimentos, ele precisou amputar a perna esquerda na altura do quadril e acabou encontrando no vôlei sentado a motivação necessária para seguir em frente. Pouco mais de um ano depois, Korinets, de 27 anos, se prepara para fazer sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
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Com uma delegação formada por 140 atletas, a Ucrânia é uma grande potência nas Paralimpíadas. E a competição ganha ainda mais importância no cenário atual, com a invasão russa deixando milhares de soldados e civis feridos. Korinets lembra bem da sensação de partir em busca de uma nova realidade após o impacto da guerra.
"Havia um pensamento em minha mente: "Tenho 25 anos, não estive em lugar nenhum, não viajei para lugar nenhum, não vi o mundo e agora estou morrendo" - recorda.
Segundo Korinets, o vôlei sentado teve papel fundamental em seu processo de recuperação. E agora o ucraniano quer usar seu exemplo para encorajar outros veteranos de guerra a buscarem o esporte.
"O esporte deve ser popularizado para que os veteranos de guerra não fiquem sentados em casa sem saber o que fazer - diz Korinets. - Agora estou viajando, estive em vários lugares como Estados Unidos, China e, claro, Europa.