A Porta dos Quatro Sonhos: Uma Odisseia Através do Pesadelo
Aos 15 anos, a tênue linha que separa o sono da vigília se desfez, revelando um universo paralelo onde os sonhos se tornaram portais para dimensões inimagináveis. Tudo começou com uma porta antiga, cravada em um corredor etéreo, seus ferros enferrujados sussurrando segredos ancestrais.
A Porta dos Quatro Sonhos: O Epicentro da Angústia
A porta, talhada em madeira escura, era um portal para o desconhecido, guardada por ferros enferrujados que pareciam pulsar com uma vida própria. Símbolos arcanos, forjados na ferrugem, prometiam mistérios e horrores. A maçaneta, fria e áspera, cedeu a meu toque hesitante, abrindo um abismo de escuridão.
O Primeiro Sonho: O Espelho da Alma Corrompida
O corredor infinito se estendia como uma serpente, suas paredes pontilhadas por portas similares à primeira, cada uma um portal para um pesadelo. Ao abrir uma delas, deparei-me com meu próprio quarto, mas a cena era grotesca: eu dormia, enquanto uma sombra disforme sussurrava palavras profanas sobre meu corpo inerte. A criatura, com olhos como buracos negros, virou-se para mim, revelando um vazio que me paralisou de terror. A fuga era a única opção, mas o corredor parecia não ter fim.
O Segundo Sonho: A Floresta da Perdição
A fuga me levou a uma floresta onde a escuridão reinava absoluta. Árvores colossais, com galhos retorcidos como dedos ossudos, escondiam segredos sombrios. No centro da floresta, uma porta enferrujada erguia-se solitária, como um farol macabro. Os símbolos nos ferros brilhavam intensamente, atraindo-me para o abismo que se escondia atrás da porta entreaberta.
O Terceiro Sonho: A Cidade dos Fantasmas
A cidade invertida era um labirinto de horrores, onde as pessoas eram cascas vazias, seus rostos apagados, suas vozes transformadas em estática. Prédios distorcidos se erguiam como monumentos à insanidade, e o céu era um turbilhão de nuvens negras. No centro da cidade, uma torre de ferros enferrujados alcançava as nuvens, e em sua base, uma figura encapuzada, com um relógio sem ponteiros, me advertiu: "Você não pertence a este lugar." O chão se abriu, engolindo-me na escuridão.
O Quarto Sonho: O Labirinto das Almas Perdidas
O labirinto de ossos e carne era um pesadelo vivo, um labirinto de almas atormentadas. No centro, a porta gigante, guardada por ferros enferrujados que se contorciam como vermes, pulsava com o ritmo de corações desesperados. A figura encapuzada, agora em um trono de espelhos quebrados, revelou a verdade: "Você está preso aqui, em um ciclo interminável de pesadelos." O pânico me dominou, mas a lembrança do amuleto da minha avó me trouxe esperança. Ao segurá-lo com força, concentrei-me em despertar, escapando do labirinto de horrores.
O Despertar: A Cicatriz na Alma
O despertar me trouxe de volta ao meu quarto, mas a experiência me marcou para sempre. Os sonhos se tornaram portais para um mundo de terror, e a figura encapuzada me observa nas sombras, esperando meu retorno. O amuleto da minha avó é minha única proteção, mas por quanto tempo ele será suficiente?
E você, caro leitor, já se aventurou pelos labirintos dos seus próprios sonhos?
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