Olá galerinha!
Estou escrevendo meio que um livro e achei que postar aqui seria interessante. É uma historia de fantasia, involvendo fadas, elfos e acontece no BRASIL. A historia esta se desenvolvendo, e esta tbm no wattpad (https://my.w.tt/UiNb/4VdJhMuWjK) caso vc tenha interesse. Aqui vai. Obrigada por ler. Bj.
![image]() **I. Se você não voltar, eu Te Busco**
******CALI*****
-Você sabe o que isso significa?Excitada, pergunto a Igor, que se recupera do desgaste que sente toda vez que lê mentes. Ele não responde de imediato.
Olho para Jaqueline, a terceira garota que trouxemos para ter sua mente lida por Igor e que agora estava desmaiada, de cara na mesa na qual estamos sentados.
-Mas é claro que sei, Cali. - Igor levanta-se, ainda em sua peruca e maquiagem de seu show drag queen como Madonna. - A tal da Regente existe mesmo. - Ele sussurra.
-Isso quer dizer que... - Disse Alexandrai, incrédula. Seu olhar fixo em nada, sua mente a mil por hora.
-Que não estamos nos arriscando a toa!- Eu continuo sua frase, encorajando otimismo. - Que a lenda era verdadeira! Que aquela ...sombra não estava mentindo! Que finalmente Adaris...
Contenho minha voz assim que vejo que estou quase gritando de tanta excitação. Já estavamos há 3 meses procurando por Mabelai, a Regente de Adaris que desapareceu no mundo humano. E para encontrá-la, precisamos fuçar mentes humanas, exatamente o que estamos fazendo aqui agora, no apartamento de Igor.
E pela primeira vez, conseguimos uma pista concreta. Igor, elfo e leitor e especialista em telepatia, viu Mabel através dos olhos da humana Jaqueline.
Sim, este foi um grande passo avançado na nossa busca pela Regente!
Eu posso explicar.
Alguns meses atrás, uma coisa, meio sombra, meio vapor, sem rosto e nem corpo, mas com uma doce voz feminina, veio até mim do nada...
Sentada a beira de meu leito a céu aberto, ouço um barulho estranho, como de tecido se rasgando, em ensurdecedor volume.
Caio ao chão e nele fico, congelada, olhando a sombra dançar a minha frente, se aproximando de mim.
-Caliandrei...- O vulto me chama, sem boca, mas com clareza.
-Como...?- Sussurro a pergunta, que sai o mais alto que meu medo permite no momento.
- Não tenha medo, minha querida. Não lhe farei nenhum mal. Apenas quero o seu bem.
-Meu bem?- Indago, em choque. - Quem é você?
Minha mágica, mesmo fraca, já coça em minhas palmas, pronta para ser usada em minha defesa caso eu isso seja algum tipo de ataque.
-A magia que tem agora correndo em ti não me fará nada. Não é suficiente. - Ela diz.
Posso ouvir meu coração bater quando ela diz isso.
-Como sabe?
-Fadas... sua pífia magica tem raízes nesta terra, não? Olhe a sua volta. Lhe parece esta uma terra forte?
Mesmo sabendo que a resposta é não, olho a minha volta. Do topo de meu leito, posso claramente ver: Adaris é a mais pura decadência. Fraca, instável, sem cor, sem vida. Eu sei bem onde vivo. Uma lástima.
-Acreditaria se dissesse que nem sempre Adaris foi assim?
-Quem é você?- Repito.
A sombra se aproxima ainda mais. O medo me domina mas não fujo, fico aonde estou.
-Me perdôe se não posso lhe responder, ou se não posso lhe mostrar minha face neste momento. Deve saber que minha mágica, assim como outras, são proibidas em Adaris. Não quero que Garou saiba que estou aqui. Se ouvir o que tenho a dizer, prometo que me conhecerá.
Medo e curiosidade dançam dentro de mim. Meus dedos querem tocar a movente sombra a minha frente, fazer sentido do que meus olhos veêm mas não entendem.
Sou impulsiva; minha mão se estende e a toca. O vapor escuro envolve meus dedos lentamente, formando círculos sobre minha pele. Um ar quente e vivo, lateja minhas veias, quase queima minha pele.
Retraio minha mão. Jamais vi algo do tipo.
-O que você quer?
-Te ajudar. Ajudar Adaris. Te ensinar tudo o que precisa saber para recuperá-la.- Algo em sua voz é convincente.
-Recuperar? Do que esta falando?
- És tão jovem. -Ela lamenta. -É também uma das poucas fadas que ainda ainda vivem, correto?
Não digo nada. Ela não está errada.
-E se eu disser que houveram muitas outras como você? Que Adaris era uma terra verde e fértil, berço das fadas e sua mágica? - Ela espera resposta, mas vê que não respondo, então continua falando. -Talvez eu deva te mostrar.
Meus olhos se fecham contra a minha vontade. Quando os abro, vejo o mesmo lugar aonde estou, mas..
Absolutamente diferente.
O horizonte não é mais roxo escuro, mas verde, em diferentes e brilhantes tons. Flores, plantas, arvores, pedras, água! Todos os elementos, seus sons, odores e essências pintam e cantam a paisagem harmoniosa. E fadas! Como eu! Com suas asas coloridas, voam em diferentes estilos, cultivando os lírios onde se formam e crescem! Eu nunca vi um desses, apenas ouvi falar que existiam. Não se criam ou crescem mais fadas...
As cores quase me cegam. Eu sempre senti dentro de mim, mas jamais imaginei que essa Adaris realmente existiu.
Relutantemente, fecho os olhos e grito. A imagem se desfaz e quando os abro novamente, o oco, seco e caído mundo no qual sempre vivi estava de volta e vazio como sempre esteve.
Intactamente sem vida.
-Isso foi real, Caliandrei. Esta era Adaris antes de Garou se apoderar dela. Guendri...
-Guendri?- A interrompi, sem poder conter o interesse em meus olhos. Visto minhas emoções em minhas mangas.- Você conhece Guendri?
-Ele é real, minha pequena.
Guendri, o criador de Adaris e todas as espécies que aqui vivem, é alguém que só ouvi falar pelo nome. Infelizmente, nunca o vi, apesar de ter ouvido que era costumaz vê-lo apreciando o mundo em que criou, confraternizando com sua criação.
Mas ultimamente é dificil acreditar que voltará. Ou até mesmo que existiu.
Embora nunca o tendo visto, sei que existe, e sei que um dia voltará.
-Antes de Guendri partir, ele deixou uma de suas maiores criações aqui, para que tomassem conta de Adaris durante sua ausência.
-E por que ele se foi?
-Nem tudo tem uma explicação tão fácil, Caliandrei.-Parecia triste. - A mente de um criador sempre será um mistério para sua criação.
Respirei fundo.
-Garou é a maior criação de Guendri?
-Não! Nunca! A ordem de Adaris é matriarcal. Guendri deixou fadas, das quais criou com seu próprio sangue e as chama de filhas, para proteger seu reino. Não um elfo. Ainda mais um tão petulante.
- Isso não... isso não é possivel...
Apesar de já ter ouvido falar das filhas de Guendri, nunca pude confirmar, pois ninguém nunca as viu para saber se era verdade. Armas poderosas de combate, potentes fontes de magia não conectadas a Adaris, criadas pelo proprio Guendri para proteger Adaris.
No entanto, até agora não passavam disso, lendas.
-Garou sempre foi líder supremo, todas as valkirias o seguem e obedecem suas ordens. Elas não o seguiriam se ele não fosse o escolhido Regente!- Declamo.
-Engana-se, minha cara. Se Garou fosse o regente, Adaris não estaria nesta situação precária, nem a magia tão fraca que seus habitantes mal podem sentir ou praticá-la.
-Garou diz que estamos assim por causa do abandono de Guendri.
-Ele mente.
-E você não?- Retruco.
Ela respira fundo.
-Estou me arriscando ao vir até você. Certamente, nunca viu algo como eu. Sabe qual é a punição para intrusos, não? Ademais, não há mais tantas fadas restantes para quem eu possa oferecer ajuda. -A sombra não para de se mover. - Mas vi em você, Caliandrei, uma oportunidade de colocar tudo em seu lugar. Se não acredita em mim, pode me testar.
-Como?- Pergunto, hesistante.
-Garou guarda para si uma das filhas de Guendri.
Meu choque é audível. Isso era insanidade. Uma filha de Guendri? Existe? Aqui em Adaris? E Garou a... guarda?
-A-aonde?
-Você o serve na corte, não?
Como esse vulto sabe tanto sobre mim?
Por algum motivo, Garou confia em mim. Ofereço a ele pequenos serviços mágicos e camareiros. Garantindo assim que eu possa comer.
-E sabe qual a especialidade dos elfos, sim?
Elfos tem variados niveis de poderes telepatas.
-Controle da mente. E dai?
-E dai que é assim que ele a esconde de todos. Sozinha, desmemoriada e sem razão para sua existência. Digamos que ao tentar se livrar das Filhas, Garou se afeiçoou por uma, apagou sua memória e a manteve para si.
Garou era um tanto tirano, sim, mas isso... era dificil de engolir.
-Pois bem- Ela continua.- Para provar que digo a verdade, te direi aonde encontrá-la. Mas com uma condição.
-E como saberei que é uma das Filhas?
-Olhe entre suas asas. Haverá uma marca que somente as Filhas possuem.
Após pensar por um tempo, aceito a oferta:
-Qual é a condição?
-Você tem que me prometer que procurará pela outra.
E, seguindo as direções dadas a mim pela sombra, e sem deixar Garou saber oi desconfiar, encontrei uma mulher sem nome, sem roupas, corpo esculpido de uma amazona, pele negra, olhos verdes com um olhar vago. Em suas costas, entre suas asas, uma marca.
Não acreditei em meus olhos. Uma das filhas de Guendri! Aqui, flutuando em um pequeno lago negro e cristalino no fundo de uma gruta distante e escura.
Mais tarde, a sombra me contou que seu nome era Alexandrai. Ela não sabia nem seu próprio nome.
Convencida, e reinvigorada com possibilidade de um novo mundo frutifero, onde todos possam viver livres em sua magia, ao me reencontrar com a sombra, concordei em ajudá-la sem pensar duas vezes.
Já se sentiu tão certa do que estava fazendo, de que esta era sua missão, que seu propósito enche mais seu peito do que o ar que respira?
Eu sempre soube dentro de mim que essa não era Adaris. Que sempre houve algo melhor. Agora eu sei que é verdade.
Nem mesmo quando entendi o quanto iria me custar resgatar a regente pensei duas vezes.
Eu precisaria de mágica, e mágica era o que eu não tinha o suficiente naquele momento.
Mas não importa. O futuro de Adaris não tem preço. Alguém precisa fazer algo, e esse alguém era eu.
Mesmo que isso custe a minha vida.
Aparentemente, era exatamente esse o preço que a sombra me cobraria.
Eu não tenho medo de pagar.
Muito bom! Continua!
obrigada!!! assim q terminar de editar a segunda aprte posto aqui =]