Sinopse: Clarence é um espírito candidato a anjo que recebe a missão de ajudar um bom homem, porém desiludido com a sua vida. George Bailey está à beira do suicídio quando é salvo por Clarence, que lhe mostra como ele é importante na vida de muitas pessoas.
Se alguém te perguntasse o que é realmente ser feliz... O que você responderia? Como explicaria através de palavras sobre o que se trata esse tipo de sentimento? Certamente, essas são perguntas com respostas particulares, mas em algum momento de nossas vidas, todos os elementos acabam se convergindo em um único caminho: nós sempre encontramos a felicidade nas coisas mais simples da vida e esse é justamente pela sua simplicidade que este filme é tão valioso.
Frank Capra mostra todo o seu potencial na cadeira de diretor ao realizar um trabalho extremamente assertivo e minimalista quando decidiu retratar com muita eficiência a história de um personagem desesperançoso, que ao ser acusado de roubo não enxerga outra alternativa... além de tirar a própria vida. Mas a chegada inesperada de um anjo da guarda atrapalhado vai levá-lo para uma viagem que ele jamais irá esquecer.
O paralelo traçado por Capra para criar os núcleos de apoio carrega consigo os aspectos essenciais para que uma narrativa considerada simples, se torne gigante pela sua singularidade e pela forma como mescla aspectos dramáticos e cômicos sem que haja nenhum tipo de desvirtuamento nos caminhos do roteiro. Existe uma dosagem bem calculada nisso tudo e o resultado é uma verdadeira aula de cinema que prova: a felicidade é algo que necessita ser conquistado.
Em suas mãos, um roteiro que inicialmente é lento (e isso infelizmente pode tirar a atenção de muitos telespectadores), mas a medida em que vai sendo organicamente desenvolvido, revela-se um diamante bruto que está sendo lapidado com cautela bem diante dos olhos do público. Composto sobre um vetor ético-ideológico primoroso, não há como mensurar toda a sagacidade desse projeto usando apenas as palavras. Realmente, trata-se de uma obra inesquecível e atemporal (e que por razões óbvias, tem uma supervalorização durante à época natalina).
A ideia central é mostrar o que acontece na vida dos personagens se o protagonista do filme não existisse e com isso, mostrar o que essa ausência seria capaz de provocar em todos os seus familiares, amigos, colegas e vizinhos. Uma vez que em algum momento do filme ele não se faz presente, o filme consegue - através de cenas cotidianas - se mostrar a verdadeira de grandes proporções que de fato é. Evidenciando que as melhores coisas são realmente simples e estão sempre muito mais próximas de nós.
O elenco tem atuações muito boas (à medida de suas respectivas importantes para a história), mas quem se destaca mesmo é o ator James Stewart. Literalmente, ele carrega praticamente todo o filme nas costas porque afinal, tudo gira sobre o seu personagem (que aliás, é composto por ele com muita verdade, habilidade e perspicácia). Embora todos os atores coadjuvantes sejam importantes, é Stewart quem faz e engrenagem deste filme funcionar apropriadamente.
Em meio a todo o processo lúdico escolhido para retratar sérios dilemas (e os demais problemas que vão surgindo), a montagem do filme se mostra bem feita porque vai apresentando a narrativa de forma crescente à medida em que desperta a curiosidade do público em saber os eu desfecho. Somado a isso, existe um trabalho de fotografia competente e uma trilha sonora responsável por embalar os momentos mais decisivos da trama.
Se existe um filme que consegue exemplificar e exaltar com grandeza toda à valorização do ser humano enquanto uma figura única no universo (e como tal, exerce influências tangíveis em outros seres humanos ao seu redor... e até mesmo, nos mais distantes, a depender de cada situação) com uma riqueza de detalhes, esse filme é A Felicidade Não Se Compra.
LINK DO FILME:
https://www.themoviedb.org/search/movie?query=A%20Felicidade%20N%C3%A3o%20se%20Compra&language=pt-BR
MINHA NOTA: AAA (9,5/10)
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