Um papo sobre liberdade e educação
Nós todos sabemos que nossa liberdade depende apenas de nós mesmos. Somos nós que devemos lutar para conquistá-la e mantê-la, e ninguém fará isso por nós. A verdade é que vivemos em uma sociedade selvagem, onde um mero contrato informal não é digno de plena confiança.
Não fosse isso o suficiente, somos diariamente doutrinados que de fato temos liberdade, que vivemos em um país livre com muitas regalias e riquezas, e que isso são conquistas garantidas pelo Estado que as mantém através de políticas públicas e leis editadas para "benefício de todos".
E é essa doutrinação que nos é trazida pelas escolas que nos faz perceber o porque de o governo adorar controlar a educação, desde o currículo escolar até a carga horária e muitas vezes até mesmo a metodologia que será adotada na instituição.
Em termos de estratégia política, não há nada mais precioso e desejado pelos detentores do poder que o controle educacional. Toda a criança que for doutrinada com sucesso dentro de uma sala de aula não será uma ameaça ao aparelho estatal, ao contrário, ela crescerá acreditando que o governo atua em prol da população, que suas medidas populistas e políticas públicas são realmente gratuitas e que sem elas os pobres seriam largados à própria sorte.
Murray Rothbard, em seu livro: “Education: Free and Compulsory” escreveu e detalhou como o sistema educacional realmente funciona, nos contando que o verdadeiro propósito dessa forma de organização educacional é para incutir nas mentes que o governo é necessário e benevolente, fazendo com que a população entre em um estado hipnótico mergulhado na submissão e na mentira.
Nós entregamos nossos filhos para que o governo os eduque sem pensar nas graves consequências dessas ações. Os entregamos sem considerar a educação domiciliar, que é a verdadeira forma de preparar as crianças para o futuro, o homeschooling é, inegavelmente, uma ideia apavorante para a elite governamental.
Vamos agora imaginar a quantidade de dinheiro que é colocada nas escolas públicas, sem contar o desperdício com inúmeras variáveis que aparecem pelo caminho, e vamos também pensar em como seria se as escolas fossem todas privadas e guiadas pelo livre mercado, e em como vários dos tributos poderiam ser extintos uma vez que os gastos com o sistema público e “gratuito” não existem mais.
Pois é essa a visão que eu quero passar com esse artigo. Vamos supor que um determinado estado do país resolva abolir todas as escolas públicas e todas as regulamentações do ensino, deixando que qualquer empreendedor possa decidir como será o funcionamento e estrutura de seu colégio. Vamos também imaginar que esse governo estadual tenha conseguido passar por qualquer problema constitucional que essa medida pudesse gerar.
Com a mais absoluta das certezas, depois dessa medida ser aprovada a nível estadual e municipal, veríamos uma histeria por parte da população alienada, que acredita que tal medida destruirá tudo de bom que nos foi concedido pelo bondoso governo no quesito educação.
O fato é que essa mudança ocorrerá em duas etapas. A primeira será a pior, ela será um tempo onde as coisas vão aparentemente piorar. Por exemplo, o que acontecerá com as instalações físicas das escolas? Os empregos dos professores, os alunos? Certamente o mercado não poderia absorver de imediato todas essas demandas. Como ficarão os pobres que não podem pagar uma escola privada? Quanto as mensalidades subirão, já que a demanda aumentou estrondosamente?
Já deu para perceber que a situação seria bem complicada, e nada fácil de atravessar, principalmente pelo fato de as pessoas quererem solução rápida para tudo, e não verem outra, num momento como esse, senão recorrer ao sempre disposto Estado.
Mas então chegaremos a segunda etapa da transição, onde as coisas começariam a melhoras e a tomar outra forma. Como as regulamentações foram abolidas e a demanda por novas escolas cresceu, muitos investidores e empreendedores veriam naquele estado grandes possibilidades de negócios, e começariam a trazer novas soluções e possibilidades para aquela comunidade.
No início é provável que a maioria oferecesse opções muito parecidas com o modelo tradicional, mas com o tempo e a demanda as alternativas surgiriam. Escolas com variações de grade horária, de organização física e de alunos, propostas de ensino e metodologias seriam cada vez mais comuns, dando a possibilidade de os pais escolherem o que acham mais adequado para seus filhos.
Se você deseja o ensino de cinema e artes, pode escolher uma escola especializada nisso. Se prefere matemática e química, também há opções. Caso queira uma educação abrangente, com várias matérias dadas de forma lúdica, também é possível, assim como uma metodologia tradicional e conservadora, tudo isso seria possível graças à liberdade de escolha.
Assim como é no mundo das criptomoedas, onde a liberdade faz com que inovações e melhorias surgem a cada momento, na educação também pode acontecer a mesma coisa.
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Todo mundo sabe que a escola pública não é das melhores, uma hora ou outra surge um problema, falta de merenda, nem todas escolas não tem laboratório de informática e etc. É necessário um preparo dos pais, para incentivar seus filhos a não se contentar com apenas o que se aprende na escola, tem o famoso Google nas nossas mãos e muitas gente não sabe usar de forma eficiente, conheço muitos que só conhecem o Facebook, Whatsapp, Instagram.
Se perguntar se querem faculdade, boa parte dizem que não e uma outra pensa em um curso pra ingressar mais rápido no mercado de trabalho e uns 3 pensam em ensino superior e ainda corre o risco de engravidar e acabar ganhando um salário mínimo pro resto da vida.
O problema é que já tá na cabeça do brasileiro tudo isso, sorte de alguns que não aderiu pra si e fixou.
Concordo com você, amigo, pelo que você disse, vemos que o problema não é só econômico ou estrutural, mas também cultural. Uma mudança gradual de mentalidade, para realmente vermos uma mudança efetiva, assim como foi e esta sendo com a questão do meio ambiente, há poucas décadas era um assunto pouco conhecido, ja hoje notados uma postura bem mais preocupada (embora ainda falte um longo caminho a ser percorrido).
Acho que o ensino online e acessível já está abalando o sistema de educação, hj vc pode assistir aulas ou fazer um curso de Harvard sem precisar pagar mensalidade nem se mudar pra Boston. Vi um projeto aqui no Steemit de remunerar com criptomoedas estudantes e professores, de repente pode ser um caminho. Valeu!!!
Uma ideia interessante, disponibilizar cursos e aulas aqui nessa plataforma. É uma forma honesta de compartilhar conhecimento e ser remunerado!
Cara...eu não vou achar nada ruim se o meu filho não quiser ir para a escola :) Vou organizar a educação dele em casa e se precisar de interação com outras crianças, a rua para jogar bola ou andar de bike ainda serve. Deixar a educação dele nas mãos do estado é que não dá.
Essa é a ideia, transmitir os valores e boas tradições é essencial para manter uma sociedade sadia. É por falta desses ensinamentos que vivemos nessa calamidade!
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Nice! :)
Uau!
Excelente post, muito obrigada.
Eu fiz Homeschooling aqui no Brasil com o meu primeiro filho e com o terceiro, tenho 4 filhos, acabei desistindo por nao ter outras famílias para caminharmos juntos.
Agora curso pedagogia, e hoje mesmo estava pesquisando sobre classical school e pensando seriamente em tira los da escola ano que vem.
De fato, seria muito positivo ter mais pessoas para trilhar esse caminho junto, que com certeza não é fácil! Quanto a tirar os filhos da escola, eu ja não teria como opinar, pois não tenho filhos, mas acredito que seja uma ideia a se considerar, afinal, com o homeschooling, você teria controle sobre o que eles aprenderiam!
Aqui onde eu moro, em Curitiba, existem uma ou duas escolas com métodos de ensino bem diferentes da tradicional, com outras aulas e atividas, além de metodologias diferenciadas, talvez uma alternativa nesse sentido também fosse de se considerar!