A biografia do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, é bastante difundida na internet, além da história contada no livro Samuel Klein. A História do Homem que Revolucionou o Varejo do Brasil.
Eu nasci em São Caetano do Sul, cidade onde nasceu a rede de lojas das Casas Bahia, e onde está localizada a matriz das lojas. Quando eu era criança e andava no centro da cidade, ao ouvir o barulho de um helicóptero pousando ou decolando, as pessoas diziam:
"Olha o Seu Samuel chegando, olha o Seu Samuel indo embora"
Samuel Klein, morreu em 2014, a empresa passou a ser comandada pelo seu fiho e hoje as pessoas ao ouvir o helicóptero falam:
"Olha o Michael chegando, olha o Michael indo embora"
Depois da fusão com o grupo Pão de Açúcar, não se sabe mais quem está no helicóptero, mas as pessoas continuam achando que é o Michael. E é justamente esse o ponto central deste post, as histórias que os mais antigos contam e os seus personagens que o tempo deixou para trás.
O personagem esquecido
Aqui na cidade os mais antigos falam "o Seu Samuel passava aqui na rua vendendo cobertor a prestação"...
Uma das fontes dessa história é a dona Maria, que tem 100 anos e o seu filho de 67 anos, o meu padrasto.
A beira de um rio, que divide a cidade de São Caetano com São Bernardo do Campo, o Samuel tinha um barracão de zinco, onde ele reformava móveis. Foram tempos difíceis, ninguém queria ir trabalhar com o Samuel, era um local insalubre devido ao forte cheiro do rio e nesse tempo com o "BUMM" da industria automobilística as pessoas queriam trabalhar na GM (que fica em São Caetano do Sul), na FORD (que fica em São Bernardo do Campo)...
Mas uma pessoa, dentre outras, aceitou trabalhar com Samuel, o nome dele é Pedro, era mais conhecido aqui no bairro como "Pedro Preto". Era ele quem reformava os móveis, ele era o responsável pela mão de obra. Por mais de 10 anos Pedro andou de sua casa até a beira do rio, as pessoas falavam que ele deveria trabalhar em outro lugar, não valorizavam o seu trabalho. Mas ele foi um personagem essencial para o sucesso das Casas Bahia, o Pedro era o braço da mão de obra e o Samuel a cabeça empreenderora. Assim como aconteceu com muitas outras empresas de sucesso.
Nesta casa viveu Pedro e ainda vive a sua família.
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Bonita história! Muitas vezes, as pessoas não dão o devido valor ao esforço e ao trabalho de alguém. Mas, quando o futuro chega, as histórias ficam! E ficam também as recordações e os nomes e as obras!
A história lembra daqueles que foram a cabeça do sucesso, mas sem os braços a cabeça também não faz muita coisa. São partes de um todo.
Sem dúvida, é o conjunto de uma pessoa, as suas características, que fazem a diferença!
Gostei da história .
Espero que tenha sido recompensado à altura. E que beleza a centenária hein? Parabéns por honrá-los com esse post!
[] 's
Pedro provavelmente não foi recompensado. Sobre a centenária, ela está melhor do que muitos de 60! O alemão não pegou ela.
Rapaz, qual é a alimentação dela? Parece que uma curcumina, café, boas gorduras evitam o tal do alemão.
Ela nasceu e viveu no interior de São Paulo e contrariando todas as estatísticas, ela comia muita banha e ainda gosta de uma carne com muita gordura.
Gordura só é problema se estiver acompanhada de uma alimentação rica em carboidratos. Se o corpo está cetoadaptado é até muito saudável.
É a triste realidade do "segundo" na maioria dessas histórias de sucesso.
Frase interessante. Vou ver se a adiciono ao meu repertório de frases para refletir...
@belzunces, o que seria "O alemão"? Fiquei curioso :p
Muito interessante essa história @belzunces, acredito que se você puder ir mais a fundo nela, pode ter um grande destaque no futuro, apesar dos desafios que podem vir de desencavar isso também. Mas de qualquer forma te agradeço por compartilhar essa história conosco!!