As Luzes da Cidade é um "livro-post" em que cada capítulo é postado em forma de post, como o próprio nome diz.
LEIA O PRIMEIRO CAPÍTULO para começar a história.
LEIA O CAPÍTULO ANTERIOR para entender a trama.
Deito na cama e vou dormir, pois já são 7h e não tinha pregado o olho à noite toda.
Depois de dormir por 10 horas seguidas eu acordo, meio desnorteado, sem saber que horas são.
Levanto pra tomar um banho e tirar essa cara de acabado.
Ao ir para o banheiro me olho no espelho e sinto uma enorme felicidade dentro de mim. Não sei dizer, mas estava feliz. Tomo um banho bem demorado e vou me vestir.
Abro o guarda-roupa e sento na cama sem saber qual roupa vestir.
Fico ali parado por uns 5 minutos, paralisado, sem pensar em absolutamente nada.
Até que meu telefone toca, era Sophia.
– Oi, Sophia! Tudo bem?
– Oi, Be! Tudo sim e com você?
– Tudo ótimo, o que manda?
– Você vai fazer o que hoje?
– Por enquanto nada, acabei de acordar – e dou uma risada.
– Nossa, mas acordou só agora?! Estava fazendo o que de madrugada? Hmmmm
Solto uma gargalhada e digo:
– É surpresa! Quando nos encontrarmos eu te conto.
– Ah então você vai me contar hoje! Pode colocar uma roupa que vamos tomar uma cerveja.
– Combinado, daqui 1 hora nos encontramos no Bar do João.
– Combinado! Beijinhos
– Beijos – e desligo o celular.
Coloco uma calça jeans, camisa branca, meu relógio e um colar que não usava há um bom tempo.
Pego meu celular e peço um Uber. Enquanto ele não chega eu arrumo minha cama e pego minha carteira.
Saio de casa e vou lá pro portão esperar o carro chegar.
Não demora muito e ele chega, entro no carro e vamos pro bar.
No meio do caminho, durante uma conversa e outra o motorista me faz uma pergunta inusitada:
– Rapaz, você é feliz?
Eu fiquei uns 5 segundos parado sem saber o que responder e disse:
– Eu acho que sim.
– Mas o que é felicidade? – perguntei.
– Rapaz, cada pessoa tem a sua definição de felicidade. Eu sou feliz em dirigir meu carro , quando estou em casa bebendo meu whisky e também quando estou brincando com meus netos. Então posso dizer que sou feliz.
– Faz muito sentido… – respondi.
– Agora você sabe me responder se é feliz?
– Senhor, infelizmente não vou saber te responder. Nunca tinha parado pra pensar nas coisas que realmente me fazem feliz, em quais momentos estou feliz. Essa é uma pergunta muito difícil, mas eu vou pensar em tudo isso e sei que vou ter uma resposta.
– Pois bem filho, pense bastante e dê valor aos momentos felizes que você tem. E se não tiver nenhuma resposta, busque pensar no que te faria feliz e vá atrás da sua felicidade. Todos merecemos ser felizes, ninguém nasceu para sofrer.
E foi com essa mensagem que cheguei no destino e saí do carro pensativo.
Entrei no bar para encontrar Sophia.
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