Boa @thomashblum! Sempre bom tê-lo por aqui. Penso que tanto a área da Psicologia quanto da Psiquiatria, sofrem com que o mundo sofre no momento. Com a cultura do imediatismo, e da economia psíquica. Isso se repercute em todas as áreas do saber.
Vão ter bons profissionais e ruins em todas as áreas, no caso que cita, realmente temos um esvaziamento clinico na área da saúde mental.
É difícil estudar alguns assuntos, e uma visão organicista que luta conta o polo anti psiquiatria, geram uma visão superficial sobre os indivíduos, e de certa forma funciona em muitos casos a gestalt, os mesmos casos que irão funcionar o coach, que é um profissional muito em alta do momento.
Mas em muitos casos precisa ir além, e entender a clínica que esta lidando, e mais, o sofrimento. Só se acolhe um sofrimento entendendo o individuo que lhe chega. Nem sempre devemos instigar as feridas, por vezes amenizar as feridas, ou estimular outras perspectivas são importantes.
O analista nos neuróticos servia antes como um espelho, ainda o serve, mas deve através do vinculo criado, fazer com que seu paciente consiga buscar alternativas e se responsabilizar pelas suas vivencias, tendo o apoio do vinculo da transferência. Na psicose é outro caminho.
De qualquer forma é muito pertinente o que traz, e faz uma grande discussao. Já disse uma vez que você tem talento para isso. Nada como uma base em filosofia sólida e crítica, para entender muito do funcionamento humano, não a toa todos os grandes pensadores retornaram na filosofia.
No final é um viés do nosso tempo, e se repercute em todas as áreas, inclusive na medicina como um todo. A Psicologia como área do saber tem ótimos profissionais também, tive contato com professores incríveis. Só que precisamos como um todo nos atualizar no contexto histórico do saber sobre o funcionamento mental, para entendê-lo, somos ou deveríamos ser clínicos, tanto a psiquiatria, quanto a psicologia, e não conselheiros.