Eu, que me acredito, que me esforço e me emociono, por um mundo igual, às vezes, também tenho medo.
Gostava de não o ter.
Principalmente de não o sentir, por apenas, ter nascido mulher.
Mas seria hipócrita, se não partilhasse convosco que eu própria já senti várias vezes na pele o desencorajamento de me terem enjaulado num sexo, que por acaso ainda é tão torturado pelo machismo, em portugal (sim! em minúsculozinho). Ora, porque nos empregos devemos enfeitar-nos de feminilidade; ora se fazemos coisas que só os ditos homens fizeram, somos catalogadas de "estranhas".
Estranha?
Eu já tive, (também!), muito medo de parecer estranha.
Mas a verdade é que quanto mais me adianto na vida, mais concebo que devo mesmo sê-la: a estranheza em pessoa- em salto e comprimento.
Porque o medo vai, vem, mordisca, chateia, murmura, mas a estranheza fica.
O amor fica.
E o medo, seja ele de/o quem/que for...Ele pira-se feito linguiça quando lhe mostramos estranheza, desapego e insignificância.
Eu não rezo, mas se o fizesse, hoje pediria a todas as mulheres que se mantivessem estranhas.
Porque o amor, repito: fica!
E as mulheres também deviam ficar: iguais.
Boa noite, a todos/as.
Texto, amor e imagem by @osazuisdela
Que lindo!!!! Muito sincero e verdadeiro. Amei a foto.... parabéns!
Obrigada pelo comentário. Esta partilha veio de dentro. Abraço
Muito bom!!!
Muito obrigada :)
Corajoso partilhar-se assim, obrigado.
É tao importante ler um texto como este. Faz bem.
Muito amor de volta e votos de um mundo no qual os "labels" deixem de ser relevantes e possamos descobrir a liberdade e alegria de ser quem somos. Um abraco
Obrigada por essas palavras, tão cheias. Estamos juntos/as. Abraço