Bebida que tem, além de sua composição detalhada no texto a seguir, a função de aquecer no frio e hidratar no verão, além disso, aquecer também sentimentos de amizade e relacionamento familiar, pois, uma de suas propriedades é estimular a conversa e discutir assuntos de forma a levar os participantes a convenções pacificas, agregando valores como empatia, simpatia, perspicácia e cognição neural.
O chimarrão (ou mate, ou Chimas para os íntimos) é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul. É um hábito legado pelas culturas indígenas quínchas, aimarás e guaranis.
É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água morna
O termo mate, como sinônimo de chimarrão, é mais utilizado nos países de língua castelhana. Servido com agua aproximadamente a 70 Graus Celsius.
O consumo diário de chimarrão não causa mal à saúde, o ideal seria de 6 a no máximo 10 cuias por dia pois seu consumo em excesso pode causar agitação e irritação e até ansiedade devido a cafeína presente na bebida. Os primeiros povos de que se tem conhecimento de terem feito uso da erva-mate são os índios guaranis, que habitavam a região definida pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai na época da chegada dos colonizadores espanhóis; e os índios caingangues, que habitavam o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Misiones. Da metade do século XVI até 1632, a extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante da Província Del Guayrá, território que abrangia praticamente o Paraná, e no qual foram fundadas três cidades espanholas e quinze reduções jesuíticas. Tem sabor amargo, dependendo da qualidade da erva-mate que pronta para o uso consiste em folhas e ramos finos de Ilex paraguariensis (menos de 1,5 milímetros), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor que varia do verde ao amarelo-palha, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos, outros mais encorpados, vendidos a diversos preços.
O predomínio de folhas ou talos em sua composição, bem como sua granulometria, variam de região para região. Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira ou do porongo,
que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher (no caso do porongo) ou no de uma esfera (no caso da cuieira).
Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista. O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de seis a nove milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento, em cuja extremidade inferior há um pequeno filtro do tamanho de uma moeda e, na extremidade superior, um bocal, muitas vezes executado em folhas de ouro para evitar a oxidação de metais menos nobres.
Estudos detectaram, na bebida, a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, a vitamina C e a vitamina D, e de sais minerais, como cálcio, manganês e potássio. Combate os radicais livres. Auxilia na digestão e produz efeitos antirreumático, diurético, estimulante e laxante. Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante natural. Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a libido. Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos, nas folhas da erva-mate, alcaloides (cafeína, teofilina, teobromina etc.), ácidos fólicos e cafeico (taninos), vitaminas (A, B1, B2, C, e E), sais minerais (alumínio, ferro, fósforo, cálcio, magnésio, manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutose, glucose, sacarose etc.), lipídios (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de celulose, dextrina, sacarina e gomas. O consumo da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insônia e irritabilidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral).
A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular. No entanto, existem pesquisas que investigam a ligação entre a ingestão de chimarrão em alta temperatura e o câncer de esôfago. Ainda hoje, é hábito fortemente arraigado na Argentina; no Uruguai; em partes da Bolívia e Chile; nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. O hábito de se tomar o chimarrão passa de geração a geração, sendo iniciado já na infância. A banda do Rio Grande do Sul, Engenheiros do Hawaii, compôs uma canção chamada "Ilex Paraguariensis", em homenagem ao chimarrão.
Ilex Paraguarienses
Engenheiros do Hawaii
Hoje eu acordei mais cedo
Tomei sozinho o chimarrão
Procurei a noite na memória... procurei em vão
Hoje eu acordei mais leve (nem li o jornal)
Tudo deve estar suspenso... nada deve pesar
Já vivi tanta coisa, tenho tantas a viver
Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer
Hoje eu acordei livre: não devo nada a ninguém
Não há nada que me prenda
Ainda era noite, esperei o dia amanhecer
Como quem aquece a água sem deixar ferver
Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro
Até que a chama se acenda
Verde... quente... erva... ventre... dentro... entranhas
Mate amargo noite adentro estrada estranha
Nunca me deram mole, não (melhor assim)
Não sou…
No mesmo estado brasileiro, a microcervejaria Dado Bier lançou um uma cerveja a “Ilex” à base de mate produzida pela empresa Meta Mate. O cantor e compositor Vítor Ramil, em seu cd Délibáb, fez a música "Chimarrão", inspirada em um poema de João da Cunha Vargas. Diferentemente do chimarrão, que é feito com água quente, o tereré é consumido com água fria, resultando em uma bebida agradável e refrescante. Em sua produção, a erva mate utilizada no preparo do tereré difere do chimarrão por ter de ficar em repouso por volta de oito meses, em local seco, e de ser triturada grossa depois disso. Devido ao fato das folhas serem cortadas grossas, ao contrário do chimarrão, o tereré não tem tantos problemas com o entupimento. Quando isso ocorre, geralmente é devido a uma grande quantidade de mate em pó, indicando má qualidade da erva usada.
Fontes advinda do site wickpedia a não ser o primeiro parágrafo que foi escrito pelo autor.