Almejo chegar aos trending topics até dezembro desse ano. Meu Twitter já conta com um robô que acrescenta a qualquer um que insira "Thiago Freitas" no corpo de mensagem, tuíte, os dizeres: "Confira livros do Thiago Freitas em http://amzn.to/2BtHbMx 📚"
Recordo-me em pesquisas na biblioteca pública, outrora em enciclopédias que comprei e mais ainda, nas bibliotecas de colégio. Machado de Assis, Camões, Eça de Queiroz, Aluísio de Azevedo, Castro Alves e Cecília Meirelles. Ilustrações grandes dos autores e listagem de suas obras em índice remissivo. Um mundo a se explorar!
Eram todos muito difíceis de se explorar porque diziam em linguagem minuciosamente descritiva de um tempo atrás, do início do republicanismo. Apesar disso, revoguei anos depois o direito de dar-me pequenos espaços de tempo para a leitura parcial, mesmo para os quais livros seriam exigidos no vestibular.
Camões velejando pelas naus do descobrimento de Portugal, sempre em estrofe dos sonetos querendo emplacar a regência magnífica do reino.
Palavras conceituais da poesia, do slogan, da estória, reforçam meu encantamento pela leitura e bons precursores estão aí, nos livros. Será que aprovam o boom da auto-publicação?
Nos tempos de hoje, se vivos, estariam nos trending topics, como eu quero estar.
Os trendings são falaciosos, fofocas, bisbilhotices, armadilhas de marcas ou celebridades. Relevantes para alguns que pensam no grau de importância de assuntos, irrelevantes para outros que sabem da manipulação da mídia e do dinheiro. Para mim, se eu expor alguma ideia sem compromisso marqueteiro e angariar hashtags, vou tirar férias, lendo-os.
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