Podemos comparar a vida com um jogo de criança?
Toca-se na peça, se ela combina explode, se não combina, nada acontece...
Como todas as palavras já escritas aqui, as que sairão hoje serão tão ou mais desconexas que as outras. Mas... deixe explicar...
Não tem explicação, simples assim... Hoje estou mais leve, mas nem por isso deixei pra trás todo o peso que carrego. Estou mais leve pelo simples fato de ter aprendido a dividir o peso entre os braços.
Sim, é a resposta da pergunta que tu me fez hoje. Eu já estive perto da morte, e acho que na verdade andamos de mãos dadas. Como num jogo de criança somos duas peças que combinam, e mais dia menos dia explodiremos... Explodiremos feito uma bomba, como um big bang, como um orgasmo. (desculpa mas não poderia deixar de usar essa analogia).
Em pouco tempo mudou muita coisa... Antes disso, em muito tempo, pouca coisa havia mudado...
Tentarei de todas as formas manter minha insanidade na mais perfeita sincronia com meus sentimentos, pois eles também são insanos...
Deixa te contar, conheci uma menina... e entre uma tragada e um trago descobrimos muita coisa em comum, inclusive que somos incomuns... Não nego que ela (aquela lá, dos escritos anteriores) ainda tá aqui, mas agora está se tornando apenas uma imagem turva e fria. Fria como minha companhia de todas as horas... (olá dona Morte, tenho interesse).
Voltemos as divagações... Falei pra ela (essa que conheci agora) que tem uma música que fala e muito a seu respeito. E que tem mais algumas que contam minha história.
A madrugada já ia alta quando ela se revelou pra mim... e eu achei "interessante". Doe sangue e me dê seu telefone...
Enquanto ainda respiro eu vou encontrando coisas que acredito que devem ser reveladas, mas de forma que você não entenda. E vou contando. Contando os passos, os dias, os fatos... Um por vez, com calma.
Deixa eu ver? Só dessa vez se abra pra mim... Só dessa vez deixa eu ser quem você quer que eu seja.
Dorme agora, amanhã é outro dia, com as mesmas pessoas, com a mesma rotina... Acordar, ir à missa, ver TV e dormir... Mas, quem sabe nesse emaranhado de labirintos que é a vida não topamos com alguma coisa que valha à pena chutar o balde e tentar o diferente? Quem sabe um dia, no carnaval talvez teu tamanho não me amedronte...
Labirintos... como seus lábios...