Qual será o próximo capítulo dessa novela de mau gosto à qual estamos vivendo no Brasil?

in #pt7 years ago

Olá Steemians, tudo bem com vocês? Já vou iniciando me desculpando pelo sumiço, final de semestre na faculdade come todo meu tempo disponível.
Antes de começar a trazer minhas indignações e insatisfações sobre a situação política e econômica neste país, gostaria de deixar claro desde já que aqui expresso minhas opiniões, respeito a opinião de todos, espero respeito no mínimo, caso discordem em algum ponto não me agridam verbalmente. Estamos num espaço ainda dito democrático. Respeito é sempre bom, mantenhamos o decoro. Enfim, estou ainda aberto ao diálogo, é sempre bom sairmos de nossas bolhas sociais, dialogando e trocando informações.
Sem mais delongas, o que tenho a dizer:

Acredito que este post, será uma série com alguns textos, pois quando comecei a escrever e quando foram surgindo às inspirações, vi que são muitos assuntos que se entrelaçam. Não posso ser básico, tenho que contextualizar ao máximo para ficar no mínimo interessante. A minha principal intenção será realizar uma crítica à tudo que vem acontecendo.

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Fonte

Parte 1 – A grande crise e a situação Econômica no Mundo e no Brasil

Para tentar compreender um pouco de tudo que pretendo falar, vou começar falando da grande crise econômica de 2008, vamos retornar uns anos na história, veremos os Estados Unidos em crise, por conta da especulação imobiliária que gerou uma espécie de bolha econômica, que explodiu gerando queda nos valores de imóveis, aumento da taxa de desemprego e dívidas, por fim, gerando o caos na economia norte Americana. Lembrando que o EUA é o maior país capitalista do mundo atual.
Dois anos mais tarde, a crise chega a Europa, afetando principalmente a zona do Euro, onde para agravar a situação alguns países já possuíam suas dívidas externas e pouca reserva para tentar evitar a crise. Tadinhos dos Gregos, sem dúvidas, eles foram os que mais sofreram no início dessa crise. A Grécia já possuía uma dívida gigante antes de entrar na crise, com o avanço da crise que digo ser do capitalismo, os gregos enfrentaram a desconfiança dos bancos que se negavam a emprestar mais dinheiro devido a grande possibilidade de um calote, isso tudo resultou em privatizações, redução dos cargos públicos, demissões em massa, dentre outras coisas nada agradáveis para a “pop” (apelido carinhoso que dei a população, só ignorar).

Ta mas e daí, onde entra o Brasil nisso?

Bom, como todo bom país emergente do BRICS, o Brasil tava ali “de boas” olhando o mundo em caos, presenciando as camadas mais baixas da sua sociedade ascendendo economicamente, presenciando o nascimento da famigerada nova classe média, enfrentando seus problemas internos ligados a corrupção, questões sociais ligadas à saúde, educação, transporte, gastos públicos, etc. A economia nesse período andava razoavelmente bem, já que a grande crise descrita acima afetou inicialmente os países desenvolvidos, o Brasil estava até emprestando dinheiro, nesse momento da história tudo andava “bem”. Estou apenas contextualizando a situação econômica do país, não as questões políticas e ainda pretendo adentrar no tema.
Onde foi a grande virada? A entrada do Brasil na crise, que ocorreu por meados de 2014, onde o país enfrentou (e ainda enfrenta) a pior crise de sua história, assim como a grande crise de 2008 também foi uma das maiores, senão a maior da história do capitalismo.
O último ponto que quero referenciar nesse post é que o Brasil resistiu à crise desde seu início em 2008, entrando na mesma quando já estavam esgotadas as possibilidades de se manter fora da crise. Lembrando também, que essa foi uma crise de escala global, todos no mundo sentiram a crise. Como o Brasil é também um país dito capitalista, nada mais natural do que o mesmo entrar na crise, como todo o resto do mundo afinal faz parte do sistema. Não sei se sabem, mas às crises do capitalismo não são geradas por má administração ou por um partido político ou ainda uma ideologia política, como foi pregado no Brasil na época e ainda hoje por muitos é propagado. As crises do capitalismo são geradas simplesmente por especulação, estouro de bolhas econômicas, etc. Um exemplo seria a contextualização do PIB, o que é o PIB? É soma de todas as riquezas produzidas por uma nação, o que posso resumir em “o dinheiro apenas possui valor material se possuir um produto por trás do mesmo”. Por isso, por exemplo, que o Banco Central não emite novas cédulas para aumentar a circulação de dinheiro numa tentativa desesperada de resolver a falta do mesmo, porque, além de agravar a crise, gera desvalorização da moeda. Agora que já entendemos mais ou menos como é dado valor ao dinheiro (papel moeda), temos uma ideia de como se inicia uma crise, utilizando-se de nosso exemplo mais recente, a crise de 2008, trazendo uma contextualização, a crise seria um período de escassez do nível de produção, da comercialização e do consumo de produtos e serviços o que quer dizer que se há produção exacerbada e pouco consumo, ali será gerada uma crise (exemplo meio bosta, mas que faz sentido).


Finalmente, acredito que já posso sair do mérito econômico (por enquanto) para entrar no âmbito político da história que contextualiza minha revolta com a situação do Brasil atualmente. Infelizmente para alguns, pretendo continuar essa contextualização em outro post, mas eu voltarei.

Convido também você, digníssimo leitor a vir analisar os fatos, com base em sua perspectiva, o que acha a respeito do tema? Já é aquele convite despretensioso para que deixe seu comentário.

Antes de ir me despedindo, vou deixando abaixo algumas referências interessantes, super recomendo a leitura das mesmas:

Sort:  

Belo texto. Costumamos colocar a culpa dos nossos problemas econômicos no sistema capitalista, ou socialista, ou comunista etc... Mas esquecemos que nós indivíduos humanos temos os nossos defeitos individuais. E que nenhum sistema coletivo será jamais perfeito enquanto os indivíduos que o compõem também não o forem.

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Obrigado pelo comentário @discernente, obrigado pelo feedback positivo. Rapaz, o problema hoje para mim está na má distribuição de renda. Esse é o grande problema atualmente. Quando conseguirmos vencer essa barreira teremos uma sociedade mais justa e problemas como a violência serão minimizados. Claro, isso é o que eu acredito. Mas enfim, muito obrigado mesmo pelo comentário.

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Obrigado @brazilians, espero poder trazer uma boa análise daqui pra frente. Obrigado pelo apoio você é 10 :)

Parabéns pela análise em retrospectiva. A parte do Brasil não ser afetado de imediato pode ser tb explicada pelas políticas anti-cíclicas adotadas pelo governo na época. Houve incentivo ao crédito e ao consumo e subsídios para empresas e fabricantes. Lembro que o presidente da Vale reagiu imediatamente já antecipando possíveis efeitos da crise e começou a demitir em massa, foi substituído por pressão do governo (acionista na empresa). Foi uma das poucas vezes que um espirro no mundo desenvolvido não fez pegar gripe por aqui. Nos anos 90 do século passado o Japão também foi impactado pela crise dos tigres asiáticos, desde então convive com crescimento econômico próximo de zero mas de alguma forma manteve a inflação e o desemprego sob controle (aparentemente artificial, como o Brasil na crise de 2008). Sucesso e boa sorte mais uma vez!!

@wagnertamanaha muito obrigado pelo comentário. Cara aprendi bastante com seu comentário. Não fazia ideia que o Japão possuía esse tipo de característica em sua economia. E confesso que seu comentário
foi tão bem estruturado que fiquei até sem o que responder. Entre falar besteira e não falar nada vou apenas ficar com seu comentário brilhante. Enfim, obrigado por sua colaboração. :)

->agredir
->Verbalmente
Não existe "agressão verbal".
Outra coisa, não existe crise "do capitalismo".
E sobre o texto não tenho o que comentar, só que está 100% errado.

@daientei, obrigado por suas considerações, obrigado pelo feedback e obrigado por ter comentado, vou explicar alguns conceitos, como o de “agressão verbal”, quis me referir ao tipo de violência que é cometido proferindo palavras (ofensas, xingamentos, calúnias, etc.), elas são agressões e são verbais. E sim, existem crises e geralmente são do Capitalismo, mas tudo bem, obrigado por suas considerações mesmo assim.

Eu entendo, porém reafirmo o que havia falado.